O CDRsp cria de raiz as máquinas que fazem a impressão digital direta (tridimensional) do órgão ou conjunto de órgãos a intervencionar, para que os clínicos possam treinar e planear o procedimento previamente em modelos físicos multimaterial e multicores, nas dimensões reais do paciente.
Paralelamente, as ferramentas e tecnologias de realidade aumentada desenvolvidas pelo CDRsp/IPLeiria, a aug.MEDICAL e o medAUGtraining, permitem, respetivamente, juntar dados imagiológicos, digitalizados e termográficos em realidade aumentada para uma abordagem integrada; e visualizar e interagir com uma imagem, para aprendizagem e/ou planeamento de procedimentos, explica a entidade em comunicado de imprensa.
Artur Mateus, subdiretor e investigador do CDRsp/IPLeiria explica no mesmo documento que “as tecnologias existem, e podem e devem cada vez mais estar em utilização onde são precisas. As potencialidades da impressão digital direta na saúde são inúmeras, e os nossos investigadores têm-se dedicado a desenvolver soluções nesta área, em colaboração direta com clínicos, para que possamos, cada vez mais, responder às necessidades reais dos profissionais de saúde, e também às necessidades dos utentes”.
Artur Mateus destaca que “a particularidade do CDRsp é o seu know-how na construção destas máquinas, que fazemos de raiz, personalizadas e adaptadas ao objetivo e ao cliente”.
A fabricação aditiva permite a impressão direta, por camadas e em diversos materiais, de produtos finais, criando soluções rápidas e adaptadas às necessidades imediatas dos clientes, e permitindo adaptar desde logo, numa peça única, a parte funcional.
Com experiência e competência reconhecida internacionalmente, o Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria vai, num desafio reforçado pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, liderar uma futura plataforma nacional de fabricação aditiva “PAMI – Portuguese Additive Manufacturing Initiative”.
O MCTES considerou que o CDRsp/IPLeiria está na vanguarda desta tecnologia, e que tem já a experiência de trabalhar em rede na região com as empresas, instituições de ensino superior, centros tecnológicos, unidades de investigação e associações empresariais, podendo agora alargá-la a nível nacional, sendo a “alavanca” desta plataforma nacional.
Aliás, no comunicado a entidade garante estar na linha da frente da tecnologia da manufatura aditiva, estando igualmente dotado dos mais modernos equipamentos a nível nacional, assim como desenvolve projetos em cooperação com instituições e empresas nacionais e internacionais.
“A experiência do centro na impressão digital direta aplicada à medicina é já assinalável, sendo que tem contribuído para o aumento do conhecimento científico e formação na área da fabricação aditiva, quer a nível nacional, quer internacional”.
Para já, as tecnologias ligadas à saúde em desenvolvimento no CDRsp/IPLeiria foram apresentadas ao Centro Hospitalar de Leiria, com o qual o CDRsp tem um protocolo de cooperação, Hospital de Santa Maria, Fundação Champalimaud, entre outras instituições ligadas à investigação e saúde.
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