Mário Campolargo, diretor da Net Futures, um braço da Comissão Europeia para o fomento da inovação e competitividade tecnológica no continente, disse hoje à imprensa portuguesa que o ICT 2015 assenta em três grandes pilares: Inovação, Conectividade e Transformação.
“A conferência vai basear-se, fundamentalmente, em alguns dos pontos fortes, quer tecnológicos, quer industriais, da Europa”, afirmou o representante da CE.
Está prevista a participação de cerca de seis mil pessoas no ICT 2015, que ocorre no Centro de Congressos de Lisboa entre 20 e 22 de outubro, entre investigadores, empresários, estudantes e especialistas. De entre os participantes, 127 serão oradores convidados pelas entidades organizadoras, para refletirem sobre a digitalização da economia e de que forma pode ela potenciar o desenvolvimento da inovação na Europa.
Ao longo do acontecimento, 120 sessões de networking vão criar oportunidades de contacto entre PME e startups portuguesas e empresas e investidores de vários países. Ainda, os projetos de menores dimensões e mais jovens poderão, neste evento, encontrar forma de se catapultarem para o teatro internacional.
Esta edição do ICT será também pautada por uma exposição que terá lugar na Praça do Comércio, onde as pessoas vão poder contactar diretamente com 5 projetos escolhidos pela organização, “que ilustram de que forma é que as Tecnologias de Informação e Comunicação e a Investigação Europeia podem influenciar positivamente a vida dos cidadãos”, explicou Mário Campolargo.
Esta exposição paralela ao ICT 2015 é inaugurada no próximo domingo, dia 18 de outubro, às 17h. De 19 a 21 de outubro, a exposição, cuja entrada é livre, estará aberta ao público das 10h30 às 19h30 e dia 22 das 10h30 às 17h, e contará com a presença de especialistas disponíveis para explicar aos visitantes de que forma é que as TIC podem ajudar a melhorar a vida dos cidadãos.
O ICT 2015 tem também como objetivo, segundo o responsável, “criar uma dinâmica de parcerias entre o investimento público e o investimento privado”, avançando como exemplo as apostas que a União Europeia e os Estados-membros têm feito ao nível da conectividade 5G.
Mário Campolargo disse ainda que será apresentado, de forma detalhada, o Programa de Trabalho para 2016/17 do Horizonte 2020, sob o qual quase 16 mil milhões de euros serão direcionados, durante os próximos dois anos, para a inovação e para a investigação na Europa.
O vice-presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Pedro Carneiro, falou também à imprensa sobre o envolvimento da organização no ICT 2015 e sobre a razão da escolha da capital portuguesa para acolher este evento.
Ao contrário do que aconteceu nas edições anteriores, o ICT deste ano realiza-se num país distinto daquele que preside a União Europeia. Carneiro afirmou que, através de um concurso para a escolha do país anfitrião, no qual venceu os concorrentes Dinamarca e Holanda, Portugal, e designadamente Lisboa, apresenta uma comunidade empreendedora dinâmica e em contínuo crescimento. O representante da FCT referiu que, de todas as áreas científicas financiadas pela entidade, a das TIC é das mais dinâmicas e mais competitivas, “não só a nível interno mas, especialmente, a nível internacional”.
Pedro Carneiro disse que Lisboa reúne competências ao nível do desenvolvimento de startups e de infraestruturas que a levaram a ser a cidade escolhida para acolher o ICT deste ano.
“2014 foi um ano excelente para o progresso e para a captação de fundos competitivos, no contexto do H2020, para a Ciência em Portugal”, afirmou o vice-presidente da FCT. Ele acrescentou que “conseguimos, pela primeira vez, um nível de participação financeira de cerca de 140 milhões de euros acima da contribuição média nacional para os fundos do Horizon 2020”.
Na área de exposição do ICT 2015, no Centro de Congressos de Lisboa, serão exibidos 150 projetos de todo o mundo, dos quais 10 têm participação de investigadores e cientistas nacionais. Dessa dezena, cinco projetos são liderados por portugueses.
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