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IBM vai pôr inteligência do Watson nas auditorias da KPMG

O acordo surge após várias iniciativas da KPMG em torno das tecnologias cognitivas, com o intuito de “transformar a capacidade da firma de oferecer serviços inovadores.” A CEO da KPMG, Lynne Doughtie, reiterou o que a líder da IBM, Ginni Rometty, tem anunciado: “a era cognitiva chegou.” E vem pela mão do Watson.

“O uso da tecnologia IBM Watson pela KPMG vai ajudar a avançar a capacidade da nossa equipa de analisar e agir sobre dados financeiros e operacionais tão essenciais para a saúde das organizações e dos mercados de capitais”, sublinhou Doughtie. “Além das possibilidades sem precedentes de melhoria da qualidade, o potencial das tecnologias cognitivas para nos ajudar a seguir novas ofertas de negócio é extraordinário.”

No recente evento mundial de parceiros, PartnerWorld Leadership Conference, Rometty indicou que o ecossistema Watson da IBM já conta com a formação de 500 empresas e unidades de negócio que usam as suas capacidades cognitivas.

John Kelly, vice-presidente da IBM Research, refere que as firmas de auditoria estão cada vez mais mergulhadas na tarefa de digerir grandes volumes de dados não-estruturados. O Watson pode transformar a maneira como estes dados são compreendidos e levam à tomada de decisões. “Aplicando o Watson, a KPMG está a optar por uma abordagem virada para o futuro na extensão das suas capacidades, ajudando os profissionais e clientes a ganharem novos conhecimentos a partir de informações corporativas críticas”, refere o executivo.

A tecnologia cognitiva permite uma colaboração mais profunda entre os humanos e os sistemas, com a possibilidade de comunicar em linguagem natural e analisar volumes massivos de dados de forma rápida. A vantagem do Watson é que integra machine learning e outras tecnologias de inteligência artificial em sistemas escaláveis, que podem ser acedidos a partir de inúmeras aplicações e segmentos.

Uma das iniciativas correntes é relativa à informação financeira das empresas. Os auditores da KPMG estão a “ensinar” ao Watson como analisar estes dados, para que as equipas de auditoria possa ter acesso mais rápido a indicadores precisos, que os ajudem a identificar anomalias e a desenvolver os passos seguintes.

Por outro lado, os auditores reveem subconjuntos de dados para analisarem milhões de ações e chegarem a uma conclusão; as tecnologias cognitivas permitem aumentar a percentagem que ações que são analisadas. Ao mesmo tempo, libertam os auditores para atividades de maior valor.

A KPMG revela que está a fazer um “trabalho promissor” com o Watson para serviços cognitivos que a vão ajudar a cumprir os requisitos de segurança, confidencialidade e conformidade.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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