IBM MobileFirst
A IBM Portugal realizou o primeiro encontro IBM MobileFirst no nosso país e apresentou a empresários portugueses alguns produtos do universo IBM, como o Worklight.
Ed Bril, diretor mundial de IBM MobileFirst, esteve presente no evento e coube a este apresentar a visão e estratégia do IBM Worklight.
Rui Mateus Duarte, responsável de AIM WebSphere Software, explicou à B!T que o objetivo deste encontro era reunir um conjunto de pessoas ao nível da decisão e partilhar as novidades de tecnologias de desenvolvimento, de aplicações móveis e de mobilização de aplicações e serviços.
A adoção de aparelhos móveis continua a aumentar e, nos últimos três anos, 5,6 mil milhões de dispositivos pessoais foram vendidos e espera-se que, em 2015, exista um trilião de dispositivos conectados. O telemóvel tornou-se algo primário, onde 91 por cento dos utilizadores têm os seus dispositivos “à mão” durante todo o dia.
Na apresentação Ed Bril, este explica-nos que, nos Estados Unidos, um terço dos cidadãos utilizam dispositivos móveis para entram em sites dos governos federais, 62 por cento utiliza para ver e-mails relacionados com o trabalho e, por exemplo, 47 por cento usa o smartphone ou tablet para escrever ou ler documentos.
Segundo o diretor mundial de IBM MobileFirst, há quatro estratégias imperativas para se colocar um negócio em movimento: desvendar novos valores de negócio no momento de consciencialização (transformando a estratégia e operações); chegar aos consumidores nos seus termos, a qualquer lugar e em qualquer altura (optimizando a experiência mobile para “criar” lealdade); desenhar, desenvolver, implementar e gerir tecnologias móveis (construindo e implementando aplicações móveis multiplataformas e expandir a empresa para o mobile com dados e serviços); infundir capacidades móveis no “tecido” da organização (gerindo e optimizando dispositivos móveis, dados e despesas, assim como verificar a segurança, riscos e conformidade).
Na sua apresentação, ainda houve alguns exemplos de onde as soluções mobile da IBM estão a atuar, como na empresa Air Canada, onde o check-in self-service poupou à companhia mais de 80 por cento sobre todo o serviço de check-in.
O IBM Worklight ajuda as organizações a expandir o seu negócio para os dispositivos móveis, fornecendo uma plataforma aberta, avançada e abrangente para criar, testar, correr e gerir aplicações. “O IBM Worklight é a plataforma para aplicações móveis, dentro de um conceito um pouco mais vasto que se chama IBM MobileFirst”, explica Rui Mateus Duarte. “O Worklight é uma plataforma que reúne num único ponto poder desenvolver aplicações para todas as plataformas”.
As empresas podem desenvolver e gerir as suas aplicações em HTML5 e aplicações híbridas e nativas, ao mesmo tempo que reduzem os custos do desenvolvimento.
O IBM Worklight está composto por cinco componentes: IBM Worklight Studio, IBM Worklight Server, IBM Worklight Device Runtime Components, IBM Worklight Application Center e IBM Worklight Console.
O IBM Worklight Studio é um ambiente abrangente para avançadas e ricas cross-platform para o desenvolvimento de aplicações mobile onde é possível, entre outros, criar as aplicações para os sistemas operativos mais usados, como Android, iOS (incluindo o novo iOS 7), Blackberry, Windows Phone, etc.
O IBM Worklight server é um middleware optimizado para mobile e atua como um gateway entre aplicações, sistemas back-end e serviços cloud-based. O servidor está desenhado para concvrter e sincronizar dados da empresa no formato JSON.
Já o IBM Worklight Device Runtime Components foi desenhado para melhorar a segurança e usabilidade da aplicação.
O Application Center do Worklight permite às equipas da empresa preparar uma app store da companhia que permite a distribuição dos produtos preparados para mobile pela empresa.
O Worklight Console que permite às empresas testarem as suas aplicações, assim como adaptar e gerir, podendo, também, por exemplo, criar notificações e eventos a aparecer na aplicação.
Rui Mateus Duarte explicou que a estratégia da IBM para Portugal passa por ser líder de mercado e, para isso, conta com uma vasta equipa virtual com elementos regionais e internacionais, envolvendo pessoas que estiveram a trabalhar noutros projetos, para colocar o seu conhecimento e valor nestes projetos para os clientes portugueses. “Temos tido muita tração, temos tido muitos clientes a quererem demos e estamos à espera de, a qualquer momento, poder anunciar um primeiro projeto, tipicamente nas áreas em que temos vistos com mais interesse, a banca, a indústria e o retalho”.
A IBM anunciou no início do ano que “um dos objetivos para o ano fiscal de 2013 seria a área de mobile e, para isso, apostou com cerca de 20 mil milhões de dólares no desenvolvimento de tecnologia de mobile e também com a compra de uma série de empresas ligadas a esta área”.
As apostas da IBM, na área da mobilidade, para o futuro passam, entre outros pela área automóvel, “uma área de grande explosão”. “Hoje em dia, os carros diferenciam-se muito pelo tipo de serviço que podem fazer e a mobilidade, quer para a gestão do próprio automóvel, quer pela comunicação dos vários componentes, segurança, conforto e entertainment dentro dos carros, quer na gestão com o próprio cliente”. As apostas IBM focam-se também no software e, principalmente, na área de user experience.