Um estudo realizado pela IBM demonstra que as aplicações de encontros são algumas das mais perigosas disponíveis no mercado. Os ataques poderão ser prejudiciais para os utilizadores mas também para as empresa, já que estas apps são, muitas vezes, instaladas em equipamentos corporativos.
Numa altura em que a segurança online está no centro das preocupações, a IBM alerta para um setor específico em que as vulnerabilidades parecem ser maiores. Smartphones utilizados por empresários para fins corporativos mas que também tenham neles instaladas aplicações de encontros, enfrentam mais perigos.
Um estudo de segurança realizado pela IBM revela que grande parte das aplicações disponíveis para serem integradas no smartphone contêm ameaças escondidas e que 60 por cento das principais aplicações de encontros ou similares estão vulneráveis a ataques digitais. Estes ataques dão acesso a ferramentas como a câmara fotográfica ou localização GPS aos hackers que poderão tirar proveito destes dados para atividades maliciosas.
O problema ganha outra dimensão quando a IBM afirma que 50 por cento das organizações analisadas para este estudo de segurança possuem pelo menos uma aplicação deste género instalada nos smartphones que deveriam ser de uso estritamente profissional. A IBM alerta, por isso, para a gravidade da situação já que os hackers poderão, então, aceder não só a informações pessoais mas também a dados sobre as empresas e sobre os negócios por elas realizados.
A utilização deste tipo de aplicações que promovem as relações humanas e os encontros pessoais tem crescido, nos últimos anos, e esse aumento acarreta a preocupação relativamente à segurança não só dos utilizadores, devido aos eventuais encontros com desconhecidos, mas também dos próprios dispositivos móveis.
Caleb Barlow, vice presidente da IBM Security explica que os “consumidores têm de ter cuidado para não revelarem demasiadas informações pessoais neste tipo de sites enquanto tentam construir uma relação” e que o estudo realizado a partir de aplicações disponíveis da Google Play revelou que 26 em 41 das apps analisadas apresentavam níveis de insegurança muito altos.
Entre os possíveis cenários de ataque, encontram-se o download de malwares, o roubo de números de cartões de crédito e o controlo remoto do microfone e câmara do smartphone.
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