A IBM não fez por menos e anunciou que qualquer pessoa com acesso a um computador ou dispositivo móvel ligado à rede pode ajudar os cientistas a encontrarem a cura para o Ébola.
Para poder participar não é necessária qualquer contribuição financeira, basta fazer o download de uma aplicação segura e grátis na comunidade www.worldcommunitygrid.org. Desta forma, o voluntário pode colocar os seus equipamentos pessoais e de trabalho à disposição desta causa, oferecendo aos cientistas o poder de computação dos seus aparelhos quando estes não estão a ser utilizados.
Concebido e gerido pela IBM, e tendo por base a tecnologia cloud da SoftLayer, o World Community Grid permite que qualquer um de nós possa tornar-se voluntário enquanto dorme, viaja ou mesmo numa pausa para café.
Com o seu poder de processamento coletivo, os computadores criarão um supercomputador virtual para, neste caso, ajudar o The Scripps Research Institute, sediado na Califórnia, Estados Unidos, que tem já um vasto e reconhecido trabalho nesta área, a rastrear milhões de compostos químicos de modo a identificar drogas novas e mais eficazes para tratar o Ébola.
Os compostos químicos mais promissores que surjam deste esforço de crowdsourced serão posteriormente testados em laboratório para verificar a sua eficácia contra a infeção pelo vírus e respetivos efeitos adversos, com o objetivo último de desenvolver novos fármacos.
De facto, esta “doação” de tempo não gasto pelos dispositivos e a escalabilidade deste supercomputador virtual oferece aos cientistas uma capacidade praticamente ilimitada para trabalhar com grandes quantidades de dados e de um modo muito mais rápido, sem qualquer custo associado. E isto, garantindo que os dispositivos permanecem totalmente disponíveis para serem usados normalmente pelos seus proprietários.
Ao longo da última década, cerca de três milhões de computadores e dispositivos móveis utilizados por mais de 670 mil pessoas e 460 instituições de 80 países, contribuíram para projetos do World Community Grid. Desde o início do programa, os voluntários participaram em mais de 20 projetos de investigação, doando cerca de um milhão de anos em tempo de computação para a investigação científica, o que permitiu importantes avanços na área da saúde, como a descoberta de novos fármacos para doenças como o VIH/Sida, cancro, malária ou o dengue.
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