Huawei: Em quatro anos seremos a marca número 1

* em Munique

mas… como quem não quer a coisa, a Huawei começou a ganhar terreno. E, hoje, tem já a medalha de bronze mais do que garantida. Mas não lhe chega.

Em entrevista à B!T, Walter Ji, presidente da área de Consumo da Huawei na Europa Ocidental, admite que a marca quer ser número 1. Nem mais, nem menos.

Mas vamos por partes. A Europa é fundamental para a estratégia de marca chinesa. Não só pelo número de equipamentos vendidos mas pelo facto dos europeus exigirem inovação. Querem design mas também querem performance. E é aqui que a marca quer marcar (cada vez mais) pontos. Mas não só por isto. Triunfar na Europa é dar poder à marca que, se quer lutar com gigantes como a Samsung e a Apple, tem mesmo de alavancar uma sustentada estratégia.

“Por isso investimos tanto no poder da marca na Europa. Por isso fizemos uma parceria com a Leica para nos potenciar os nossos equipamentos, nomeadamente através da câmara para o P9”, disse.

Um investimento que já está a dar frutos. Walter Ji revelou que a consciência de marca (em inglês, brand awareness) na Europa aumentou mais de 80% e em Portugal cerca de 90%. “E queremos aumentar ainda mais até ao final do ano”, confessou.

As vendas vêm sustentar as afirmações de Walter Ji. Se olharmos para o mercado global, e aplicarmos os valores revelados a 26 de outubro pela IDC, para o terceiro trimestre de 2016, constatamos que o gigante chinês expediu 33,6 milhões de unidades, um aumento de 23% em relação ao ano passado. Valores que em muito se devem ao P9 e à sua câmera dupla, apesar do seu preço ser mais alto em comparação com alguns de seus rivais.

Fora da China, o número de equipamentos despachados cresceu drasticamente, já que a China representa 53% dos envios, em comparação com 60% no ano passado.

A Huawei continua a manter uma marca forte na Europa, tendo encontrado um claro sucesso com a família P8 e P9, onde está a conseguir lutar com a Samsung e a Apple com especificações competitivas a preços mais baixos com as versões Lite.

Em alguns mercados europeus, as cotas de mercado têm aumentado significativamente. Aqui ao lado, em Espanha, a Huawei tem já 25% do mercado.

“Estamos confiantes que até ao final do ano, na maioria dos países europeus vamos estar ou na terceira ou na segunda posição.”

O mercado dos Estados Unidos é demasiado apetitoso para ser descurado. E apesar da marca chinesa ainda não ter conseguido içar a sua bandeira por aquelas terras, dizem os analistas que o lançamento do Huawei Mate9, que decorre precisamente hoje, em Munique, onde a B!T já está presente, pode muito bem ser o ímpeto que faltava.

Claro que chegar ao primeiro lugar é (ainda) complicado. Mas Walter Ji, apesar de admitir que o poder da marca é vital para que essa posição seja atingida, não tem qualquer dúvida que a inovação e a performance dos equipamentos estão em primeiro lugar.

“Por isso escolhemos as melhores tecnologias. E por isso escolhemos a Leica. E por isso escolhemos a harman/Kardon. Acreditamos que em três ou quatro anos vamos ser os número 1”.

Assim, sem mais. E, desta vez, não ousamos sequer duvidar.

Entretanto, em Munique, daqui a algumas horas, será apresentado o novo Mate 9. E apesar de já muito se ter especulado, vamos confirmar se as características do novo “flagship” da marca são dignas de um (potencial) número 1.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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