HoloLens é a realidade virtual da Microsoft
Uma semana depois de a Google ter anunciado o fim, ainda que por agora, dos Google Glass, a Microsoft apresenta os Holo Lens, um equipamento preparado para a realidade virtual. A união do mundo que nos rodeia com o virtual poderá chegar aos utilizadores na mesma altura que o Windows 10.
A apresentação do novo sistema operativo Windows 10 foi o pretexto ideal para apresentar o software holográfico da Microsoft e o Holo Lens, os óculos que permitem que tudo aconteça. Alex Kipman, inventor de novas tecnologias da divisão de sistemas operativos da Microsoft, realizou uma apresentação entusiasta daquilo que poderá revolucionar a forma como percecionamos a realidade.
O objetivo é claro e passa por “trazer a tecnologia para o nosso mundo”, nas palavras de Kipman. Os hologramas vão deixar de ser ficção científica para passarem a fazer parte do quotidiano, num mundo em que a vida digital e a real se cruzam e se unem. O Windows Holographic permite isso mesmo, ir além do ecrã.
As imagens fundem-se com o mundo real, como uma projeção ultra realista, sobrepondo-se ao que se vê. Não se trata de uma imersão, como na realidade virtual, mas uma modificação da realidade como a vemos.
Arquitetos que podem utilizar os hologramas para ter uma noção mais concreta do projeto ou médicos que aprendem cirurgias sem nunca tocar no paciente, são apenas alguns dos exemplos do alcance que este software pode ter.
O Holo Lens não é apenas uns óculos, é o computador mais holográfico de sempre, compostos por lentes de alta definição, sensores capazes de captar informação sobre os movimentos que fazemos e por um terceiro processador, o HBU, especialmente para hologramas. Este equipamento está também equipado com som espacial que permite a audição de sons mesmo que não estejam no nosso campo de visão.
Para Alex Kipman – que inventou o Kinect, acessório que permitiu aos jogadores interagirem sem controlos físicos com a consola Xbox 360 -, no mundo do “software nada é impossível” e explicou que os HoloLens deverão estar disponíveis para os utilizadores na mesma altura que o Windows 10, ou seja, ainda este ano.