A infraestrutura informática do governo norte-americano foi vítima de um ataque informático que pode ter colocado em xeque os dados pessoais de cerca de quatro milhões de antigos e atuais funcionários federais. As investigações já começaram e a agulha da bússola parece apontar para a China.
Este ciberataque, de acordo com análises preliminares, parece ter uma impressão digital semelhante às campanhas criminosas que foram responsáveis pelo roubo de informações da Anthem, a segunda maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, em fevereiro deste ano, e da Premera Blue Cross, fornecedora de serviços de saúde.
Aquando do ataque à Anthem, os investigadores alvitraram que a operação fora apoiada pelo governo de Pequim.
Os cibercriminosos, segundo a Reuters, tiveram acesso aos registos e às credenciais de segurança de membros, ativos ou não, do governo dos Estados Unidos. Os dados terão sido subtraídos à rede do Gabinete de Gestão de Pessoal, naquele que, de acordo com a agência noticiosa, pode ter sido uma das maiores quebras de segurança de todos os tempos envolvendo funcionários oficiais do governo.
Consta que os investigadores acreditam que o ataque tenha nacionalidade chinesa, suspeitas, aliás, que são transversais a quase todos os ciberataques sofridos pelas redes da potência americana. Como na maioria das vezes em que Washington lança no vento acusações sobre a China em matéria de atividade informáticas ilícitas, os representantes da China nos EUA negam qualquer envolvimento no incidente, alegando que o governo chinês condena tais práticas e que é imprudente disparar acusações graves infundamentadas.
John Hultquist, da fornecedora de soluções de ciberinteligência iSight Partners, disse à Reuters que os ataques ao Gabinete de Gestão de Pessoal, à Anthem e à Premera Blue Cross parecem ser parte de operações de ciberespionagem apoiada por um governo estrangeiro, e não campanhas de pura criminalidade informática.
O órgão governamental detetou primeiramente atividade duvidosa na sua rede em abril, e o Departamento de Segurança Nacional afirma agora que, no início de maio, concluiu que a segurança das informações do Gabinete havia sido comprometida e que cerca de quatro milhões de funcionários poderiam ter sido afetados.
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