Google nomeia novo líder para projetos de condução autónoma

O novo líder do projeto de carros autónomos da Google será John Krafcik, antigo diretor executivo da Hyundai Motors America e presidente do website Truecar, que apresenta informações e preços sobre automóveis.

Krafcik vem substituir Chris Urmson, que está no leme do programa desde 2009. De acordo com a Reuters, a Google disse que Urmson continuará ligado ao projeto como responsável técnico.

No entanto, é evidente que a Google está a procurar fortalecer o seu braço automóvel, considerando que a corrida dos carros autónomos começa a entrar em ebulição, com empresas tecnológicas e fabricantes automóveis, como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Tesla, a aplicar significativos investimentos neste mercado emergente.

Contrariamente a alguns especialistas do setor, Chris Urmson acredita que é possível dar início à produção de carros totalmente autónomos já em 2020. Contudo, como noticiámos no início deste mês, Raj Rajkumar, professor na Carnegie Mellon University e um dos pioneiros da condução autónoma, discorda de Urmson, afirmando, a par de várias fabricantes automóveis, que um veículo deste género não nascerá nos próximos anos e que terá de ser fruto de um trabalho moroso e progressivo.

Questionámos a Google acerca da razão que levou à substituição de Urmson por Krafcik. Numa declaração enviada por email, a empresa de Mountain View afirma que Urmson tem sido uma peça crucial na aproximação das indústrias tecnológica e automóvel.

Nesta reposta, algo evasiva, a Google acrescenta que a mudança de líderes do seu projeto de condução autónoma é parte da sua estratégia para construir uma equipa capaz de alavancar o potencial desta tecnologia nos próximos anos, o que sugere que Urmson não seria a pessoa ideal para fazer a Google avançar em direção à meta.

“A combinação da expertise técnica do John com a sua experiência na indústria automóvel será particularmente valiosa quando colaborarmos com vários parceiros para alcançar o nosso objetivo de transformar a mobilidade de milhões de pessoas”, comenta a Google no email.