A aliança chamar-se-á “Partnership on Artificial Intelligence to Benefit People and Society.” A sua intenção é “conduzir pesquisa, recomendar melhores práticas e publicar estudos sob licenças abertas em áreas como ética, justiça e inclusão, transparência, privacidade e interoperabilidade, colaboração entre pessoas e sistemas AI e fiabilidade e robustez da tecnologia.”
Os membros corporativos e não corporativos terão igual representação no conselho da aliança, que pretende convidar acadámicos, ONGs e especialistas em políticas e ética.
Quem falta nesta parceria? A Apple, que tem uma equipa muito forte a trabalhar em Inteligência Artificial para o seu assistente digital Siri e reconhecimento de voz, e é uma das empresas mais influentes de Silicon Valley. A aliança diz estar em conversações com a empresa e esperar que esta entre no grupo em breve.
Todas as empresas fundadoras estão empenhadas nas tecnologias AI. A IBM será o exemplo mais flagrante, com o seu supercomputador Watson e toda a linha de negócio da computação cognitiva. A Amazon está a progredir com o seu assistente digital Alexa, semelhante ao Siri da Apple, e o Facebook tem trabalhado com bots e deep learning há bastante tempo – Mark Zucukerberg inclusive revelou, no final do ano passado, que estava a trabalhar num “mordomo” digital.
Já a Google, através da sua divisão DeepMind, surpreendeu toda a gente esse ano quando o seu supercomputador venceu, pela primeira vez, um jogador humano no jogo tradicional “Go.” E a Microsoft obviamente também tem um assistente digital, a Cortana.
Mas há outra ausência relevante: a OpenAI, uma organização de pesquisa financiada por Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX. Musk foi uma das vozes que avisou para perigos da AI no futuro da humanidade, tal como Stephen Hawking. Daí ter criado esta organização, dedicada a avançar a inteligência artificial de modo a garantir o benefício da humanidade.
“Este grupo é um enorme passo em frente, quebrando barreiras para que as equipas de AI partilhem melhores práticas, pesquisem formas de maximizar benefícios sociais e abordem receios éticos, tornando mais fácil para quem está noutros setores se envolver com o seu trabalho”, escreveram Mustafa Suleyman, da DeepMind, e Greg Corrado, da Google, em um comunicado conjunto.
“Estamos muito orgulhosos e entusiasmados para trabalhar com todos dentro e fora da Partnership on Artificial Intelligence, para garantir que a AI tem o impacto transformador e abrangente que todos queremos ver.”
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