A Glintt subiu no ranking “The Nilson Report”, sendo a única tecnológica portuguesa a ter lugar neste ranking dos sistemas de pagamento automático. A empresa viu assim a sua posição reforçada a nível mundial, pois subiu do 37º para 35º lugar.
Em entrevista à B!T, Luís Gameiro da Silva, Administrador da Glintt, comentou esta grande subida da empresa no ranking nos mercados africano e do Médio Oriente: “Estes mercados estão a dar os primeiros passos na utilização dos meios de pagamento eletrónicos, pelo que existe uma janela de oportunidade na qual queremos estar presentes e ter, pelo menos, a possibilidade de nos esgrimir com os maiores fabricantes mundiais. São mercados que já seguimos vai para algum tempo, e nalgumas das geografias já negociávamos antes, mas há que afirmar que as dificuldades do mercado nacional nos fizeram acelerar o processo de aproximação a essas geografias”.
Este relatório refere os rankings de vendas, em 2012, das empresas fabricantes de terminais de pagamento automático nos principais mercados mundiais. O setor está em crescimento e tem-se verificado nos últimos anos uma entrada significativa de novos players no mercado tecnológico de sistemas de pagamento automático. Só em 2012, o aumento de novos players foi de 16 por cento em comparação a 2011.
“O negócio dos terminais de pagamento automático tem registado duas tendências principais: a primeira é constatação de um forte movimento de consolidação, no qual os dois maiores fabricantes mundiais estão a adquirir os fabricantes que se lhes seguem na tabela, resultando em crescimentos acelerados por aquisição e num maior distanciamento entre estes dois maiores fabricantes mundiais e os restantes. A segunda tendência, tem que ver com o aparecimento das marcas asiáticas neste setor. Tradicionalmente este era um negócio com posição dominante dos fabricantes europeus e norte americanos. Recentemente, tem-se assistido à entrada de fabricantes da Coreia do Sul e, principalmente, da China, que se posicionam rapidamente entre os primeiros da lista, logo abaixo dos dois líderes”, refere Luís Gameiro.
Questionado sobre os principais desafios que a Glintt precisa de enfrentar para obter ainda melhores resultados no próximo ranking, o Administrador da empresa destaca o problema da crise: “As dificuldades por que passou a economia portuguesa em 2012, estendeu-se a 2013 e certamente prolongar-se-á para 2014. A nossa única possibilidade de crescimento, e melhor posicionamento no ranking, passa por duas ações complementares: procurar manter a nossa quota de mercado em Portugal (cerca de 36 po cento do parque de TPA instalados) e crescer fora de Portugal. Os nossos equipamentos terão de continuar a ser competitivos em termos de preço, inovadores em termos de tecnologia e cumprirem com todas as regras e certificações a que estes produtos estão sujeitos. A longa experiência que a Glintt tem nesta área é um garante da qualidade e fiabilidade dos produtos produzidos. O grande desafio que se nos coloca atualmente é de internacionalização. É fundamental levar a nossa tecnologia até outras geografias”, diz o responsável, em declarações à B!T.
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