O relatório levanta pontos curiosos sobre a Geração Z, que abrange os jovens nascidos no final dos anos noventa. Enquanto a maioria das empresas continua preocupada com a integração e ambientação de pessoas pertencentes às Gerações X e Y no local de trabalho, os próximos trabalhadores vão colocar desafios sem precedentes. A X refere-se a quem nasceu entre meados dos anos sessenta e final dos anos setenta e a Y, Millennials, entre 1980 e final dos anos noventa.
“A Geração Z tem expectativas mais elevadas em relação ao local de trabalho, em comparação com as gerações anteriores, embora também se frustre muito mais rapidamente”, lê-se no relatório do estudo. “Além do salário, os principais atrativos para os indivíduos da Geração Z são o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (48%) e a possibilidade de trabalhar com pessoas interessantes (47%).” Segue-se a flexibilidade de horário, regalias e segurança, todos com 42%.
Pelo contrário, as gerações anteriores exigem menos dos empregadores. As suas preferências também são diferentes: para os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), o mais importante é a segurança no trabalho; para os Millennials é o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.
“Enquanto grupo mais recente de jovens trabalhadores que se prepara para ajudar as empresas a tornarem-se mais ágeis e familiarizadas com o digital, o ambiente laboral para os quais entram são muitas vezes restritivos”, sublinha o relatório. “Tendo em conta o seu desejo de inovação constante, comunicação instantânea e colaboração aberta, a Geração Z constituirá um enorme desafio para as empresas.”
Os dados indicam que os pertencentes à Geração Z se sentem mais atraídos por empresas onde sintam que contribuem para o mundo que os restantes – 34% em comparação com 13% entre Baby Boomers, 14% na Geração X e 15% na Geração Y. Quase três vezes mais indivíduos da Geração Z referem interessar-se por empresas que ofereçam tecnologia que permita às pessoas trabalhar de forma mais eficiente (28%) do que de gerações mais velhas (10%). A Geração Z também revela que se sente frustrada mais facilmente do que as gerações mais velhas, e 43% a afirmar irritar-se com a falta de comunicação dos colegas, em comparação com 19% nas restantes gerações.
“Com a aptidão da Geração Z em trabalhar de forma colaborativa e remota, em diversas plataformas e ou países, a adoção de novas formas de trabalhar é uma necessidade, bem como uma medida para assegurar margem competitiva e atrair as pessoas mais talentosas”, comenta o diretor de marketing da Ricoh Portugal, Jorge Silva. “Desde PME a grandes multinacionais, nenhuma empresa pode dar-se ao luxo de adotar novas formas de trabalhar sem um compromisso genuíno de satisfazer as motivações das novas gerações de colaboradores.”
Entre os Z, 30% considerariam a “falta de flexibilidade no horário” uma enorme causa de frustração no seu trabalho – em comparação com apenas 13% dos Baby Boomers, 17% da Geração X e 20% da Geração Y. Paralelamente, um terço da Geração Z ficaria também frustrada pela falta de partilha de informação; a falta de inovação é também apontada como motivo para frustração por um terço.
O estudo também revela que a Geração Z tem elevadas expectativas em relação ao seu próprio impacto positivo no local de trabalho. A maior parte acredita que trará novas formas de trabalhar (65%), competências tecnológicas excecionais (63%) e como novas ideias e pensamento inovador (61%). “Estes indivíduos sabem exatamente o que querem de um empregador. Mas as suas expectativas são pertinentes e não meras excentricidades”, conclui o relatório.
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