Gartner refere que detecção e resposta são prioridades de segurança para as empresas em 2017

A Gartner referiu que as previsões para este ano são de que as empresas vão gastar, a nível mundial, 90 mil milhões de dólares com segurança da informação. A consultora indica, ainda, que o mercado corporativo está a mudar o foco das suas estratégias de apenas prevenção para detecção e resposta.
“A mudança de foco para detecção e resposta engloba pessoas, processos e elementos de tecnologia e irá nortear grande parte do crescimento do mercado de segurança nos próximos cinco anos. Embora isso não signifique que a prevenção perdeu a importância ou que os CISOs (Chief Information Security Officers) estão a desistir de se prevenir contra os incidentes de segurança, é uma mensagem clara de que a prevenção é inútil se não for efetuada em conjunto com um recurso de detecção e resposta”, disse Sid Deshpande, Analista de Pesquisas da Gartner.
O analista refere também que os recursos técnicos das equipas de TI não são, muitas vezes, os mais apropriados, o que está a levar as companhias a procurarem ajuda externa de consultores, provedores de serviços de segurança (MSSPs), entre outros.
A necessidade de detectar e responder melhor aos incidentes de segurança também criou novos segmentos de produtos, como deception, detecção e resposta de endpoints, segmentação definida por software, Cloud access security brokers e Analytics de comportamento de utilizadores e entidades. Ora isso implica mais gastos na área de segurança da informação mas a verdade é que os CISOs também estão a alterar a forma como avaliam o sucesso das suas estratégias de segurança. Assim, há uma maior facilidade em conseguir os fundos necessários junto dos CFOs e CEOs das empresas.
“Os CISOs são rápidos em comunicar o retorno sobre o investimento das suas estratégias de segurança em termos de valor para a empresa associado à rápida limitação dos danos, além da prevenção e bloqueio de ameaças”, explicou Lawrence Pingree, Diretor de Pesquisas do Gartner.
Assim, as previsões são de que os gastos mundiais com segurança devem sofrer um aumento de 7,6% em relação a 2016 e atingir 113 mil milhões de dólares até 2020.