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Fujitsu cria empresas separadas para PCs e smartphones

A marca japonesa anunciou que os negócios relacionados com portáteis e desktop serão transferidos para nova empresa Fujitsu Client Computing, enquanto as operações relativas aos smartphones serão colocadas dentro da Fujitsu Connected Technologies. Ambas serão detidas na totalidade pela Fujitsu Limited, a empresa original estabelecida em 1935.

Em comunicado, a decisão do conselho de administração foi justificada com a “dificuldade crescente de diferenciação” num mercado que está a ficar “comoditizado”, em que a competição com fabricantes emergentes se intensificou bastante. A separação em duas novas empresas servirá para uma gestão mais rigorosa, agilidade no processo de decisões e maior eficiência. Ainda assim, a ideia é estabelecer um sistema integrado que cubra todas as áreas de investigação, desenvolvimento, design, produção, vendas, planeamento e suporte pós-venda.

A decisão foi tomada na véspera de Natal e será tornada efetiva a 1 de fevereiro, cerca de dois meses antes do final do ano fiscal da Fujitsu (que termina a 31 de março). A unidade de computadores agora separada aparece com receitas de 2,3 mil milhões de euros e a de smartphones com 1,19 mil milhões.

“Depois da separação, nenhuma mudança será feita no nome da empresa, endereço, nome e cargo dos representantes, negócio, capital e final de ano fiscal”, assegura o comunicado. O impacto da separação nos resultados financeiros consolidados do ano fiscal que termina em março será “insignificante.”

Com esta reestruturação, são postos de parte, para já, os rumores de que a marca nipónica se preparava para combinar a operação de computadores com a Toshiba e a marca Vaio (que a Sony vendeu a um fundo de investimento), o que formaria uma “super marca” de PCs.

A verdade é que todas as grandes fabricantes de computadores estão a sofrer com a depressão das vendas – a Apple tem aumentado a venda de Macs mas os volumes são pequenos, mantendo-se num nicho. De acordo com a consultora IDC, as vendas no mercado mundial terão contraído 10,3% em 2015.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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