A FortiGuard Labs recolhe dados sobre as variantes de ransomware que têm vindo a evoluir na sua base de dados e na comunidade Open Source Intelligence (OSINT).
O relatório Ransomware Roundup tem como objetivo partilhar uma breve visão sobre a evolução do panorama de ransomware.
A última edição do Ransomware Roundup destaca o Interlock como o ataque de ransomware emergente. No que consiste, qual o impacto e quem são as principais vítimas?
As primeiras amostras do ransomware Interlock submetidas à análise foram verificadas em outubro de 2024, num serviço de verificação de ficheiros disponível ao público. Este facto pode indicar que o mesmo possa ter surgido em setembro ou mesmo antes.
O ransomware Interlock foi detetado quer em versões para Windows, como para FreeBSD. Tal como a maioria do ransomware, este passa pela encriptação de ficheiros nos computadores das vítimas e exige um resgate para os desencriptar através de notas de resgate.
Embora o vetor de ataque inicial do ransomware Interlock não tenha sido ainda identificado, o investigador Sina Kheirkhah (@SinSinology) informou recentemente que foi encontrada uma backdoor anteriormente desconhecida na máquina de uma da vítima. Nesse sentido, é provável que o ransomware tenha sido implementado através desta entrada.
Até ao momento da investigação da Fortinet, o site de fuga data de dadosleak do ransomware Interlock indicava seis vítimas. Cinco delas encontram-se nos Estados Unidos e outra em Itália.
No entanto, os dados enviados para o serviço de verificação de ficheiros disponível ao público mostram potenciais localizações de vítimas ainda mais amplas como Índia, Japão, Alemanha, Peru, Coreia do Sul, Turquia e os países já referidos Estados Unidos e Itália.
As vítimas pertencem aos sectores da educação, finanças, administração pública, cuidados de saúde e indústria transformadora, o que indica que o ransomware Interlock não assume uma política de bloqueio a empresas e organizações essenciais, como acontece com outros grupos de ransomware.
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