Apesar de serem 132 milhões os utilizadores do Facebook na Índia, um número apenas ultrapassado pelos Estados Unidos, com 193 milhões, o retorno tem sido pouco expressivo a nível das receitas. A empresa ganha apenas 15 cêntimos por utilizador indiano a cada trimestre, o que fica muito abaixo dos sete a oito doláres que arrecada com cada utilizador norte-americano no mesmo período, de acordo com analistas consultados pela Reuters.
Para contornar o problema, o Facebook está a desenvolver ferramentas talhadas de acordo com o perfil dos anunciantes indianos. Uma das novidades é um e-mail de apoio aos publicitários para que possam tirar dúvidas e ter acesso a conselhos sobre as melhores formas de aumentar as vendas.
Existirá um novo tipo de anúncio, também feito à medida do mercado indiano, em que o consumidor clica num botão e faz uma chamada de forma automática para o anunciante; mas o utilizador não chega a gastar um cêntimo, porque o anunciante desliga e devolve a chamada de seguida.
A razão pela qual o Facebook não está a conseguir tirar o máximo potencial do mercado indiano reside no facto de este não reconhecer o valor das redes sociais para o mundo da publicidade, focando-se apenas nos anúncios de televisão. “Os anunciantes na Índia não estão cientes das redes sociais enquanto um conceito de marketing”, disse em declarações à Reuters um analista da Counterpoint.
“Precisamos de os ajudar a ver como as páginas de Facebook podem estimular o negócio”, disse Andy Hwang, diretor do Facebook para negócios pequenos e médios na região Ásia/Pacífico.
Como explica a Reuters, as empresas tecnológicas têm procurado a Índia e outros mercados na Ásia para crescerem já que a região tem dois terços da população mundial. E a Ásia é mesmo a zona em que o Facebook regista maior crescimento de utilizadores.
O Facebook avançou ainda que pretende aplicar a mesma estratégia noutros mercados emergentes como o Brasil, Indonésia e México.
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