As operações africanas do Facebook serão comandadas por Nunu Ntshingila, que assume as funções de diretora da empresa em África, em cujo mercado a rede social reconhece um grande potencial de crescimento. Este mês, a número de utilizadores ativos da rede social em África atingiu os 120 milhões, comparativamente aos cem milhões que se registavam em setembro de 2014. Mais de 80 por cento dos acessos ao Facebook são hoje feitos através de telemóveis, segundo a empresa.
A vice-presidente do Facebook para a região EMEA, Nicola Mendelsohn, revela que, no primeiro quartel deste ano, 52 por cento da totalidade das receitas publicitárias da empresa foi gerado para lá da América do Norte (Estados Unidos e Canadá). “Mas estamos apenas a começar”, refere a responsável em comunicado, evidenciando que o eixo publicitário será uma das grandes apostas da empresa em África, dizendo que o crescimento alcançado foi motivado por parcerias estabelecidas com anunciantes locais e pela forte adoção regional dos produtos da empresa.
Mendelsohn acrescenta que o Facebook vai continuar a investir no estabelecimento de alianças com players locais. Esta expansão insere-se também na estratégia de fortalecimento do negócio na região EMEA.
O diretor regional das operações do Facebook nos mercados do Médio Oriente e de África, Ari Kesisoglu, diz que “uma abordagem uniforme não se adequa ao desenvolvimento de produtos e soluções que façam face às necessidades diversificadas”, pelo que a empresa vai concentrar-se no desenvolvimento de soluções personalizadas que visam dar resposta às necessidades particulares das organizações e utilizadores locais.
“A nossa prioridade para os próximos meses é a continuação do trabalho que já estamos a desenvolver com alguns clientes desta região”, refere Kesisoglu em comunicado. “Vamos trabalhar ainda mais de perto com empresas e agências de modo a entender os desafios, para que possamos criar soluções que ajudem a expandir os seus negócios”.
Numa fase inicial, o Facebook vai fazer incidir os seus esforços sobre os mercados da região subsariana (Quénia, Nigéria e África do Sul). A empresa presta também apoio a outros países, entre os quais o Senegal, Costa do Marfim, Gana, Tanzânia, Ruanda, Uganda, Zâmbia, Moçambique e Etiópia.
A estratégia de criação de alianças locais do Facebook vai abranger, por exemplo, entidades governamentais e operadoras de telecomunicações.
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