A competição por consumidores de conteúdos de vídeo abre uma nova frente no conflito entre os dois gigantes da web que já competem noutros tipos de publicidade, dado o seu apelo aos consumidores jovens e internacionais.
A londrina Ampere, que serve companhias de media e bancos de investimento, prevê um novo braço de ferro de publicidade entre as duas rivais, que se aproximam ao nível do número de audiências, com cerca de 1,4 mil milhões e 1,3 mil milhões de utilizadores ativos mensais, respetivamente para o Facebook e o YouTube. Tal significa que os consumidores serão forçados a ver mais publicidade, mas também a apreciar uma gama mais vasta de programação de vídeo.
A publicidade na Internet irá superar a publicidade televisiva em 12 mercados fundamentais, até 2017, o que representa 25 por cento da publicidade global. Estima-se o mercado da publicidade alcance, este ano, os 531 mil milhões de dólares.
O vídeo online está a crescer mais rápido do que qualquer outra categoria ou subcategoria digital, pelo que alcançou os 33 porcento em 2014, sendo previsto que cresça 29 por cento ao ano até 2017.
A Ampere Analysis defende que o Facebook está a migrar de uma plataforma que a maioria dos anunciantes utiliza para construir marcas gerais de consciencialização para uma que pode entregar publicidade prévia ao seu lançamento e que as companhias de marketing preferem para garantir que as suas mensagens são, de facto, visualizadas.
Atualmente, o YouTube permanece a plataforma de marketing mais flexível, oferecendo aos anunciantes uma gama inteira de publicidade de vídeos que são transmitidos antes, durante e depois da visualização de um programa de vídeo.
As diferenças nos formatos da publicidade traduzem-se nas taxas que as plataformas de Internet podem cobrar aos anunciantes. Enquanto o YouTube cobra os anunciantes quando uma publicidade é visualizada, o Facebook oferece um modelo de publicidade menos amigável de cobrança: a cada três segundos de consumo do vídeo, a empresa cobra o anunciante.
A maior parte dos provedores de conteúdos utiliza, agora, o Facebook para propósitos de consciencialização e marca, mas os acordos de partilha de receitas com a National Football League e a Fox Sports nos Estados Unidos da América constituem um sério desafio para a liderança do YouTube.
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