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Facebook compra aplicação de filtros para vídeo Masquerade

A Masquerade, que permite pôr a cara dentro do fato do Homem de Ferro ou com um penteado jamaicano ao gravar vídeos, anunciou a aquisição no seu site. Estes filtros são semelhantes aos que o Snapchat já oferece e, embora esta app de mensagens tenha uma audiência diária muito inferior à do Facebook (dez vezes menos, cerca de 100 milhões), a sua influência é cada vez maior. O Snapchat tem anunciado várias parcerias, principalmente na área de média, eventos ao vivo e desportivos, expandindo a sua influência no segmento mais jovem – onde o Facebook não é tão forte com antes.

Os detalhes financeiros não foram revelados, mas este é mesmo um passo estratégico para Mark Zuckerberg, que nos últimos três anos reduziu bastante o seu ímpeto comprador. Não esquecendo que, em 2013, o Facebook tentou comprar o Snapchat por três mil milhões de dólares – e o criador Evan Spiegel simplesmente recusou.

Aqui o desfecho foi o contrário. “A comunicação vídeo está a explodir. Na Masquerade, trabalhámos forte para tornar o vídeo mais divertido e envolvente, ao criar filtros que alteram a sua aparência”, escreveu o CEO da startup, Eugene Devgen. O executivo classificou a integração na empresa de Zuckerberg como “excitante”, porque esta tecnologia será levada a mais pessoas. “Com o Facebook, vamos poder chegar a mais gente a uma escala antes impossível”, afirmou. A audiência da rede social está perto de 1,6 mil milhões de pessoas, uma escala que “nunca imaginaram” que fosse possível.

Devgen adiantou que a aplicação vai manter-se disponível nas lojas de aplicações, pelo que os utilizadores poderão continuar a usá-la como até aqui. O executivo prometeu mesmo mais “funcionalidades divertidas.”

Pelo lado da rede social, uma porta-voz do Facebook disse à Cnet que a Masquerade tem “tecnologia para vídeo de classe mundial” e que a empresa iria contribuir para a melhorar. No Mobile World Congress, em fevereiro, Zuckerberg falou do impacto que os vídeos 360º terão em breve, com a massificação dos aparelhos de realidade virtual; e numa sessão de perguntas e respostas em Berlim, há duas semanas, disse que os vídeos ao vivo são uma das coisas com que está mais excitado neste momento, porque são “viscerais.”

 

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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