Facebook At Work, concorrente da Slack e Salesforce, chega em outubro
Usar Facebook enquanto trabalha é considerado uma perca de tempo, um problema de produtividade. Mas a rede social de Mark Zuckerberg pretende virar esse conceito de cabeça para baixo: em outubro, a empresa lançará a nova suite Facebook At Work.
Será uma rede de comunicação e colaboração empresarial, que os clientes pagarão por cada trabalhador incluído. A notícia foi avançada inicialmente pelo site pago The Information, e confirmada pelo TechCrunch. O diretor do Facebook At Work, Julien Codorniou, explica a decisão de estabelecer um preço por utilizador ativo mensal: a empresa acredita que conseguirá manter os trabalhadores individuais envolvidos com o produto. Os utilizadores ativos são um indicador mais fiável do que uma taxa global paga pela empresa.
O TechCrunch avança que a rede social irá também anunciar integrações e parcerias com fornecedores de ferramentas SaaS, incluindo Asana.
O lançamento culmina um processo de desenvolvimento que durou dois anos, e que no início do ano passado viu os seus primeiros testes serem realizados (400 pessoas estão a testar o serviço). Desde então, o Facebook já conquistou vários clientes internacionais, como o Royal Bank of Scotland, que emprega mais de 100 mil pessoas.
A ideia, obviamente, não é partilhar fotos dos seus gatos nem festas de aniversário. Em vez de um Feed de Notícias, o produto tem o Feed de Trabalho, com publicações de colegas para troca de opiniões e tarefas. O funcionamento será semelhante ao Convo, Salesforce Chatter e Yammer da Microsoft. O Facebook At Work também terá, tal como a rede social tradicional, funcionalidade de Grupos, Eventos e Messenger, com opções de chamadas e áudio e vídeo – em clara concorrência com Skype e Slack.
Exatamente por isso, por já existirem várias ferramentas no mercado que oferecem a mesma coisa, a grande força do Facebook At Work será a familiaridade dos utilizadores com o seu funcionamento – além de que podem usar os seus dados de registo habituais (ou registar uma conta nova).
Como modelo de negócio, esta nova aventura do Facebook faz sentido. Mais de 90% das suas receitas vêm de publicidade, a maioria em plataformas móveis, e Zuckerberg pretende diversificar sem recorrer a mais publicidade nem marketing.