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Fabricantes alemãs receiam perder corrida dos carros autónomos

As fabricantes automobilísticas alemãs poderão demorar mais tempo do que o esperado a marcar uma posição no universo dos carros autónomos. A legislação germânica é bastante limitativa no que diz respeito a testes em via pública, pelo que as fabricantes vêm no seu caminho um obstáculo, por agora, virtualmente intransponível e prejudicial ao desenvolvimento.

As empresas alemãs do mundo automóvel, avança a Reuters, precisam de integrar nos seus carros autónomos, ou self-driving cars, volumes de software dez vezes maiores do que os encontrados num caça, de forma a cumprirem com as diretrizes legais que visam regular este setor emergente.

Deparando-se com obstáculos como estes, as fabricantes alemãs receiam que as suas concorrentes transatlânticas, como a Google, que já deu largos passos neste novo universo, sejam beneficiadas, e cheguem primeiro à meta.

Para que estes carros possam, com efeito, deslocar-se em via pública, é preciso treinar os sistemas e calibrar funcionalidades em situações reais, pois os testes indoor não são suficientes.

O CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn deu voz a estas preocupações, afirmando, segundo a Reuters, que não existem ainda condições para poderem ser devidamente desenvolvidos estes carros autónomos. “A questão é: só podemos testar estes carros em via pública nos Estados Unidos ou podemos também fazê-lo na Alemanha?”, questionou o executivo, citado pela agência noticiosa.

Embora a Mercedes-Benz, a BMW e a Audi tenham já alguns dos seus protótipos a calcorrear as ruas alemãs, a restituição do controlo da condução a um condutor que, por exemplo, está distraído a consultar o email, é ainda algo que não pôde ser testado sem as propícias condições de uma situação real.

A Mercedes-Benz está a planear lançar carros com alta autonomia até 2020. Resta saber se com estes constrangimentos legais essa previsão manter-se-á.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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