Estudo revela falta de preparação das empresas para realizar a transformação digital
O estudo “Measuring IT’s Readiness for Digital Business” realizado pela Commvault e Quadrant Strategies, revela que a maioria do pessoal de TI não acredita ter a capacitação e a tecnologia necessária para criar uma base de inovação centrada nos dados e que existe uma diferença significativa entre as expectativas das empresas e a sua preparação para a transformação digital.
À medida que as organizações públicas e privadas evoluem na sua transformação em negócios digitais modernos, está a ocorrer uma alteração fundamental no mercado de TI, que passa de uma abordagem centrada na infraestrutura para uma estratégia centrada nos dados.
O inquérito realizado a 1.200 executivos e pessoal de TI no Canadá, França, Alemanha, Japão, Irlanda, Reino Unido e Estados Unidos, aponta para uma lacuna entre as expectativas dos CEOs e a preparação real das empresas no que diz respeito à digitalização e à criação de inovação.
Segundo refere a Commvault, o estudo demonstra que as companhias estão a adotar uma abordagem mais holística na estratégia e na gestão dos dados para impulsionar a inovação e a diferenciação competitiva. Assim, mais de 50% dos inquiridos dizem que melhores processos de recolha e gestão dos dados e novas ferramentas de análise são essenciais para o êxito futuro do seu negócio.
Por outro lado, mais de 60% dos inquiridos, incluindo executivos de TI e pessoal de TI, pensam que têm acesso a menos de metade dos dados das suas organizações. O que terá repercussão na sua capacidade de retirar insights que revelem novas tendências para o negócio.
A verdade é que o estudo demonstra que,enquanto 41% dos executivos acreditam que as suas organizações entendem e estão preparadas para a inovação, só 29% do pessoal de TI acreditam o mesmo. Além disso, mais de um terço do pessoal de TI pensa que os executivos se sentiriam preocupados, ansiosos ou mesmo em pânico se soubessem mais sobre o seu departamento de TI, enquanto outros 16% afirmam que estes se sentiriam até descontentes, enojados ou desgostosos.
Sobre os desafios enfrentados, os inquiridos indicam que a falta de largura de banda, capacitação, tecnologia e de compromisso sãos maiores obstáculos. Mais de 50% do pessoal de TI acredita que os seus papéis mudarão radicalmente e que necessitarão de adquirir novas valências para continuarem a ser relevantes e mais de dois terços acredita que as suas organizações não estão preparadas para migrar dados para a cloud, proteger esses dados ou reunir todos os dados da empresa. Quanto à falta de compromisso para pôr em prática a visão, mais do 40% das empresas ainda não contam com um plano formal e proactivo para a transformação digital.
“O nosso estudo revela uma concordância quase universal sobre a importância de administrar os dados de forma eficaz para inovar e conseguir a base necessária para criar um negócio digital e melhorar a experiência do cliente”, sublinha, em comunicado, N. Robert Hammer, presidente e CEO da Commvault.
“Entretanto, todos os dias vemos evidências de empresas líderes e CIOs progressistas que se movem rapidamente para desenvolver capacidades de gestão de dados muito sofisticadas, proporcionando as ferramentas, o tempo e a capacitação de que as suas equipas necessitam para ter sucesso”, acrescenta o executivo.
Mas o facto é que a transformação digital já não é uma opção e as organizações que não a fizerem, estão condenadas a morrer.
“Este estudo mostrou-nos o que os executivos e o pessoal de TI pensam sobre a transformação digital e os desafios a que os departamentos de TI terão que fazer frente nos próximos anos. Os resultados foram notavelmente consistentes em todo o mundo, o que reforça a ideia de que a transformação digital não conhece fronteiras”, afirma Afshin Mohamadi, sócio da Quadrant Strategies.
“Os sinais de advertência são muito claros: embora os departamentos de TI estejam destinados a liderar negócios digitais, a verdade é que não estão equipados para o fazer. O pessoal de TI tem dúvidas significativas sobre a sua capacidade de serem os agentes da mudança. A falta de valências, tecnologia e largura de banda conduzirá diretamente a outros desafios competitivos”, finaliza o responsável.
Para aceder a mais detalhes sobre o estudo “Measuring IT’s Readiness for Digital Business”, cique aqui.