O relatório oferece uma fotografia sobre o estado atual dos trabalhos realizados pelos países europeus para tornar disponíveis os seus dados governamentais, através da avaliação dos dados abertos em relação a acabamento, promoção e maturidade de portais.
O estudo mostra que, em 2016, houve um crescimento médio de 29% de dados abertos em comparação a 2015, sendo que os 28 países que participaram no estudo (União Europeia, Noruega, Suíça e Liechtenstein) completaram 57% da sua jornada rumo à implementação do Open Data.
Enquanto que em 2015, menos de dois terços destes países do (59%) dispunham de uma política dedicada ao Open Data, em 2016 este índice aumentou para pouco mais de dois terços (68%).
O nível de maturidade dos portais de dados subiu quase 23 pontos percentuais (de 42% para 64%), graças ao desenvolvimento de recursos mais avançados. Tais portais oferecem diferentes formatos de dados, funcionalidades de download e estão a transportar quantidades crescentes de informações, além de um aumento no tráfego de utilizadores.
“É crucial para os países continuarem a avançar com as suas agendas de Open Data. Para tirar proveito dos dados abertos e aumentar os volumes disponíveis, os governos precisam agir. Estamos a chegar a um ponto de inflexão. Os países estão a concluir a colheita dos primeiros frutos e têm publicado dados que estão quase prontos, com uma qualidade aceitável. Estes dados, agora, estão disponíveis em um único local: os portais nacionais de dados”, afirmou o vice-presidente e líder da conta da União Europeia no Grupo Capgemini, Dinand Tinholt.
“A qualidade e o aumento de dados disponíveis em formatos legíveis pelas máquinas também é algo em que os países estão a concentrar mais esforços. Os governos europeus estão a acordar para a importância do Open Data para melhorar tudo, desde planeamento urbano e transporte até aos níveis de poluição e serviços de emergência. No entanto, algumas administrações públicas ainda guardam zelosamente os seus dados para vendê-los. É preciso que se dêem conta de que a utilidade dos dados cresce exponencialmente quando é partilhada e usada por todos”, completou o executivo.
Para ajudar os países europeus a assegurarem o seu progresso e a alcançarem níveis completos de maturidade com o Open Data, o relatório indica que os mesmos devem finalizar a implementação das suas estratégias de dados abertos, enfatizando a importância de uma estrutura legal capaz de endereçar licenciamento, aspectos de privacidade e padrões, assim como desenvolver processos automatizados para recolher dados de administrações públicas e manter o foco em uma qualidade consistente e coerente de metadados.
O estudo foi encomendado pela Comissão Europeia no contexto do Portal de Dados Europeus. Este portal disponibiliza informações de todos os portais nacionais desde novembro de 2015 e conta com quase 640 mil conjuntos de dados.
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