As pessoas que não têm conhecimento das realidades atuais são muitas vezes apelidadas de “ter a cabeça nas nuvens”, escreve a Bloomberg. O erro da Goldman com a Microsoft, ironicamente, vem de não ter a cabeça suficientemente na nuvem.
Numa nota enviada aos clientes, intitulada “Corrigir um erro”, os analistas liderados por Heather Bellini explicaram o que eles perderam. Na verdade, a primeira parte do primeiro parágrafo completo é um dos melhores exemplos, diz a Bloomberg, do quão difícil é valorizar com precisão e escolher ações.
“Atualizamos a Microsoft de Vender para Neutro. Desde a sua entrada na lista de venda, em 04/11/2013, a Microsoft é +84% vs os +29% da S&P (…)”.
A longo prazo, o lucro será o principal motor de uma ação. Mas, a determinada altura, quando as expectativas de lucro estavam a cair, os investidores ficaram cada vez mais dispostos a pagar mais por dólar de lucro em função do potencial de crescimento de uma determinada linha de negócios. Neste caso, a transição para a nuvem, nomeadamente o negócio que envolve o Office 365 e Azure.
Entre os catalisadores positivos a Goldman vê para a empresa norte-americana a sua já referida transição para a nuvem, que deve continuar a alimentar o crescimento, e a expectativa de crescimento dos dividendos. No entanto, a equipa da Goldman continua a reforçar que as estimativas de lucro para a empresa nos anos fiscais de 2017 e 2018 continuam a ser demasiado elevadas.
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