“Neste enquadramento surgem questões ligadas à interoperabilidade das soluções, segurança dos dados e muito frequentemente relativamente à gestão do ambiente”, explicou à “B!T” Rui Rosa, Business Solution Manager do SAS Portugal.
O responsável explica que os clientes querem ter a certeza que o sucesso de um projeto inicial não ficará fora de controlo quando crescer e que pode crescer de forma controlada – sem disrupções.
“Uma outra preocupação associada ao movimento para cloud é a mobilidade. Os nossos clientes querem ter a sua informação de gestão disponível em qualquer lugar, especialmente junto aos processos operacionais que suportam o negócio (e não só no escritório da sede da empresa), quer isso signifique um balcão dum banco ou uma prateleira de supermercado”.
Com a área de cloud analytics a ter um rápido crescimento e uma procura cada vez maior por parte dos clientes internacionais e nacionais, o SAS conta já com 450 clientes em mais de 70 países.
“A visão do SAS é sempre focada no nosso core business que são os sistemas analíticos e de suporte à decisão e aqui a grande mudança que temos assistido tem a ver com a eliminação das barreiras internas e receios de expor os dados da empresa e processos de negócio numa infraestrutura que não é propriedade da empresa”.
Outra mudança importante para o SAS está relacionada com a adoção dos sistemas analíticos de experimentação ou inovação das empresas. “Há uns anos atrás, este conceito nem existia, tudo era considerado IT mainstream e nasceria para ser gerido pelo departamento de IT (ou em último caso assumido como shadow IT)”, diz Rui Rosa.
“Agora é comum pensar-se em soluções que são da pura responsabilidade do negócio e que têm como único objetivo a pura e constante descoberta de novos padrões, tendências, relações etc”.
É o negócio a precisar de analisar de forma autónoma os dados disponíveis para poder inovar e criar novos produtos, serviços e clientes — “sim, criar novos clientes”, diz Rui Rosa. “E aqui entram conceitos como self-service Business Analytics, Analytical sand-box, Innovation Lab etc, que alinham muito bem com soluções em cloud”.
O responsável é da opinião que tendo em conta os indicadores, a nuvem privada vai continuar a crescer de forma considerável, sendo possível que em 2017 passe a ser encarada pelas empresas como uma escolha natural. “O que não nos permite, no entanto, afirmar de forma perentória que será a morte certa das nuvens públicas empresariais”.
Face aos seus concorrentes, e ao longo dos seus 40 anos de vida, o SAS sempre se distinguiu pela sua capacidade de agregar grandes volumes de dados e resolver problemas complexos utilizadando técnicas estatísticas avançadas. “E isto é o que se pretende se venha a passar num ambiente cloud, certo? Veja-se por exemplo o tema da Internet das Coisas – IoT— em que os volumes, variedade e diversidade dos dados vão aumentar exponencialmente e faz pouco ou nenhum sentido ter toda esta informação e não a utilizar em conjunto com técnicas analíticas para analisar e melhorar os processos de negócio”.
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