ESPECIAL| NetApp: Cloud oferece oportunidades únicas de contenção de custos

O advento do Cloud Computing e da virtualização oferece oportunidades únicas de contenção de custos e otimização de recursos para as empresas portuguesas que numa primeira fase adotem esta tendência das novas tecnologias, diz Daniel Cruz, Territory Manager NetApp Portugal. “No entanto, algumas empresas terão necessariamente de alterar o modelo de gestão das suas TI, uma vez que passarão a gerir um SLA”.

O tema governança é, hoje, a principal dúvida das empresas quando pensam a sua abordagem ao cloud computing? Que outras dúvidas assolam os vossos clientes?

Penso que as principais questões além do Governance são as questões legais que rodeiam as abordagens Cloud Computing. Não pela mudança inicial (“easy in”) que essa está garantidamente superada, mas sim a facilidade de mudança futura (“easy out”) em caso de haver essa vontade. Para tal os aspetos legais são fundamentais, mas também a interoperabilidade entre clouds é um fator crucial nessa decisão.

Por exemplo, existem normas suficientes para suportar o movimento de dados de uma plataforma de cloud computing para outra?

Hoje em dia algumas tecnologias já permitem o movimento de dados entre plataformas de cloud. Por exemplo, a NetApp com a sua arquitetura Data Fabric consegue disponibilizar ao mercado interoperabilidade entre as clouds privadas de cada empresa e as clouds públicas de operadores locais ou até mesmo com operadores de larga escala como a AWS ou a MSFT Azure.

A IDC (International Data Corporation) divulgou uma pesquisa na qual expressa que no primeiro trimestre do ano passado os investimentos globais em cloud eram cerca de 26%, enquanto que o mesmo número, quando se trata de investimentos na infraestrutura física, aumentaram 6,1%. Confirmam esta tendência?

Começa a haver uma adopção crescente deste tipo de soluções sendo que os principais investimentos têm sido efetuados pelos operadores que querem dotar as suas infraestruturas de nova tecnologia para disponibilizarem serviços mais flexíveis e adaptados às necessidades dos seus clientes.

As empresas têm também reformulado os seus datacenters para disponibilizarem os seus serviços sob a forma de cloud privada.

As consultoras advogam ainda que a adoção da nuvem em larga escala e a concorrência entre os fornecedores das tecnologias tem diminuído o custo da nuvem privada. Corroboram esta opinião?

Acreditamos que a principal diminuição do custo da nuvem privada tem sido a evolução da tecnologia e redução da complexidade na implementação deste tipo de soluções.

O que tem vindo a mudar, em Portugal, na adoção do cloud computing por parte das empresas?

Pensamos que o advento do Cloud Computing e da virtualização oferece oportunidades únicas de contenção de custos e otimização de recursos para as empresas portuguesas que numa primeira fase adotem esta tendência das novas tecnologias. No entanto, algumas empresas terão necessariamente de alterar o modelo de gestão das suas TI, uma vez que passarão a gerir um SLA.

2016 vai ditar a “morte” das nuvens públicas empresariais?

Penso que o período de transição vai ser mais extenso, pelo que vários modelos irão coexistir durante os próximos anos. 

O que distingue a vossa abordagem à cloud dos restantes players?

A principal diferenciação prende-se com o darmos aos nossos clientes a possibilidade de escolha. Criando interoperabilidade entre as clouds facilita-se a movimentação dos dados entre as várias nuvens, easy-out, podendo o cliente decidir a cada momento onde deve residir um workload e poder alterar essa decisão dinamicamente consoante as necessidades do seu negócio.

Que percentagem do vosso negócio é já conquistado através deste modelo?

Uma percentagem muito significativa em cloud privada mas também em colaboração com os service providers para cloud pública.