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ESPECIAL | Knowledge Inside: 25% do negócio já vem da nuvem

O tema governança é, hoje, a principal dúvida das empresas quando pensam a sua abordagem ao cloud computing? Que outras dúvidas assolam os vossos clientes?

Um dos pontos que se destaca neste ponto é claramente o custo que a mudança acarreta. As empresas tendem a olhar apenas para os custos e não para as oportunidades e benefícios que podem retirar de uma mudança desta natureza. Por outro lado, o facto de ficarem dependentes de um fornecedor também surge como factor de dissuasão. O chamado “Provider Lock-in” faz com que a administração da empresa questione os CIOs sobre a perda de autonomia nesta área, obrigando mais tarde ou mais cedo a outros investimentos, perdendo o controlo sobre orçamentos.

Por exemplo, existem normas suficientes para suportar o movimento de dados de uma plataforma de cloud computing para outra?

É exatamente essa a questão do provider lock-in, referido na questão acima. Depois de ter uma certa dimensão de produtos subscritos com um fornecedor de cloud, a complexidade de migrar aumenta bastante e não existem standards que realmente assegurem uma migração pacifica. isto faz com que as empresas fiquem presas a um fabricante, perdendo autonomia e controlo sobre a escalabilidade da empresa.

A IDC (International Data Corporation) divulgou uma pesquisa na qual expressa que no primeiro trimestre do ano passado os investimentos globais em cloud eram cerca de 26%, enquanto que o mesmo número, quando se trata de investimentos na infraestrutura física, aumentaram 6,1%. Confirmam esta tendência?

O que sentimos é uma predisposição para adoção de cloud sempre que falamos de novos projetos e uma continuidade de onprem para o que já existe ou serviços críticos. Talvez esta observação vá de encontro com as estatísticas do IDC

As consultoras advogam ainda que a adoção da nuvem em larga escala e a concorrência entre os fornecedores das tecnologias tem diminuído o custo da nuvem privada. Corroboram esta opinião?

Aqui temos um problema com as designações. Quando falamos de private cloud podemos estar a falar de infraestrutura física do cliente ou de um modelo de IaaS com hardware dedicado a um cliente, em relação ao IaaS a tendência sim é para descer.

O que tem vindo a mudar, em Portugal, na adoção do cloud computing por parte das empresas?

A mentalidade está bastante aberta e para alguns serviços, como por exemplo o e-mail, já não encontramos objeções por parte das empresas.

2016 vai ditar a “morte” das nuvens públicas empresariais? 
Neste campo, a questão passa também pelo o que é uma nuvem pública empresarial? Se estivermos a falar de soluções como o Azure ou Amazon EC2, que é a nossa definição de cloud pública empresarial, eu diria que pelo contrário. Vão crescer e muito.
Mais do que uma guerra pelas infraestruturas, agora vamos ter uma verdadeira luta pelas aplicações? 
No final, o que vai realmente interessar são as aplicações, mas sinceramente acho que temos ainda um longo caminho por percorrer.
O que distingue a vossa abordagem à cloud dos restantes players? 
O nosso modelo é bastante objetivo, com a nossas soluções oferecemos ao cliente uma abordagem 100% cloud, desde o servidor ao desktop. O cliente delega toda a infraestrutura a nós e mantém os seus parceiros aplicacionais com as aplicações a trabalhar como sempre trabalharam.
Que percentagem do vosso negócio é já conquistado através deste modelo? 
A Knowledge Inside possui aproximadamente 25% de negócio assente neste modelo.
Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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