ESPECIAL | Dimension Data: Cloud já vale dois dígitos do negócio
Os clientes começam a confiar mais na oferta disponível e experimentam passar alguns dos seus serviços para a cloud, principalmente os que possam ter menor impacto no negócio, email, comunicações e backup de dados, diz Bruno Banha, pre-sales manager da Dimension Data. Esta área de negócio já representa dois dígitos da faturação em Portugal.
O tema governança é, hoje, a principal dúvida das empresas quando pensam a sua abordagem ao cloud computing? Que outras dúvidas assolam os vossos clientes?
Sem dúvida que o tema governança é uma das principais preocupações dos clientes, embora existam outras que os fazem pensar antes de avançar para a cloud. Nomeadamente a segurança da informação, a disponibilidade do serviço cloud e questões de regulamentação dos seus setores de ativiadade.
Existem normas suficientes para suportar o movimento de dados de uma plataforma de cloud computing para outra?
Hoje em dia as ofertas de cloud de nível empresarial, como por exemplo a oferta da Dimension data, asseguram o movimento dos dados entre Data Centers do mesmo fornecedor e de terceiros, suportando funcionalidades de ‘backup’ e ‘disaster recovery’. Existem regras e procedimentos bem definidos que asseguram a transferência e replica de dados entre Data Centers e Clouds.
A IDC (International Data Corporation) divulgou uma pesquisa na qual expressa que no primeiro trimestre do ano passado os investimentos globais em cloud eram cerca de 26%, enquanto que o mesmo número, quando se trata de investimentos na infraestrutura física, aumentaram 6,1%. Confirmam esta tendência?
Sim confirmamos, a nível global verificamos esta tendência em relação à nossa oferta, embora em Portugal as percentagens não sejam tão elevadas.
As consultoras advogam ainda que a adoção da nuvem em larga escala e a concorrência entre os fornecedores das tecnologias tem diminuído o custo da nuvem privada. Corroboram esta opinião?
O crescimento da oferta e o nível de adoção por parte dos clientes tem contribuído para a diminuição dos custos, no entanto do ponto de vista dos clientes a mais valia é poder controlar os custos de forma mais efetiva e simultaneamente ter flexibilidade para poder crescer ou diminuir o seu consumo consoante as suas necessidades, o que os torna mais ágeis face às mudanças do mercado.
O que tem vindo a mudar, em Portugal, na adoção do cloud computing por parte das empresas?
Os clientes começam a confiar mais na oferta disponível e experimentam passar alguns dos seus serviços para a cloud, principalmente os que possam ter menor impacto no negócio, email, comunicações e backup de dados.
2016 vai ditar a “morte” das nuvens públicas empresariais?
Julgo que a nível nacional essa tendência ira prolongar-se para além de 2016 mas creio que será caminho irreversível.
Mais do que uma guerra pelas infraestruturas, agora vamos ter uma verdadeira luta pelas aplicações?
Diria que esta guerra depende muito da dimensão e do setor de negócio da empresa, as PME estaram mais interessadas em ter acesso a aplicações mais genéricas disponíveis por ‘software houses’ do mercado, enquanto que as grandes empresas quererão ter a sua própria ‘app store’ com as suas aplicações especificas e em infraestruturas cloud controladas por si.
O que distingue a vossa abordagem à cloud dos restantes players?
A nossa visão cloud é mais abrangente do que outras que são apenas focadas na oferta de cloud pública ou só privada, nós damos escolha ao cliente de poder ter a capacidade de num determinado momento mover as suas aplicações neste ambiente heterogéneo (On-Premisses, Private and Public Cloud), por forma a obter o melhor custo-benefício para o seu negócio, assegurando fiabilidade e segurança dos dados.
Que percentagem do vosso negócio é já conquistado através deste modelo?
Em Portugal temos várias propostas em clientes com uma abordagem cloud e ‘as a Service’ que representam uma percentagem de dois dígitos do nosso negócio.