A executiva garante que as empresas assumem-se hoje como organizações digitais, estando focadas na forma como gerem, automatizam e como tornam mais segura a explosão de interligações e de dados. “O nosso portfolio nunca foi tão forte, é mais relevante e estratégico e isto é algo que ouvimos diretamente do mercado.”
Em termos de negócio a principal mudança aconteceu em maio, quando o Conselho de Administração nomeou Chuck Robbins para Chief Executive Officer, com efeito a partir de 26 de julho. CEO na altura, o John Chambers afirmou que o Chuck tem “uma capacidade única de transformar a visão e a estratégia em execução de primeira classe, unindo as equipas e os ecossistemas para conseguir resultados”.
A verdade, diz a diretora-geral da Cisco Portugal, é que Chuck conhece cada segmento da Cisco, cada área tecnológica e a geografia da empresa. “Acreditamos que vai levá-la muito longe, à velocidade que é exigida hoje na capitalização das oportunidades. Utilizando mais uma vez as palavras de John Chambers, o Chuck é o campeão da cultura Cisco e tem uma capacidade incrível de inspirar, estimular e interligar colaboradores, parceiros, clientes e líderes globais. E o seu histórico de visão, estratégia e execução é exatamente o que a Cisco precisa para entrar no capítulo seguinte, que com certeza será mais emocionante e impactante que o anterior”.
E enquanto o mercado progride a um passo acelerado, as empresas sabem que devem mover-se também com rapidez, à medida que entram na transição digital, diz Sofia Tenreiro. “E as organizações compreendem o papel central – e crítico! – da rede nesta transição, razão pela qual procuram a Cisco para parceiro estratégico que permite conduzir o crescimento e construir verdadeiras organizações digitais, cidades e países”.
É de salientar também que o setor das TIC em Portugal recuperou em 2014, após cinco anos em queda, tendo crescido 1,3%. “Acreditamos que este aumento se deve à premente necessidade de atualização tecnológica das empresas e Administrações Públicas portuguesas, que devem enfrentar, quanto antes, a sua transformação digital”.
Quando solicitada a escolher os três grandes “momentos” nestes 12 meses, a executiva começou por afirmar que a Cisco está a promover a inovação a um passo recorde, adquirindo ativos estratégicos, e construindo um novo conjunto de parcerias estratégicas. “Neste sentido, os três grandes momentos da Cisco no último ano foram as novas iniciativas que ajudaram, a nível digital, países de todo o mundo, tais como França, Israel ou Índia”.
Outro momento foi o avanço da iniciativa Intercloud, lançada em 2014. “Este ecossistema de parceiros é agora formado por mais de 60 fornecedores de serviços Cloud (o último a juntar-se foi a Deutsche Telekom) com mais de 350 Data Centers em 50 países”.
Por último, o anúncio de novas parcerias estratégicas como as com a Apple e a Ericsson, “empresas que veem a Cisco como o líder de mercado com quem querem trabalhar para avançar mais rápido e criar mais valor para os clientes e para o mercado”.
O ano de 2016 será para a Cisco o ano da transformação digital, impulsionada pela Internet of Everything (IoE). “A Cisco estima que com a IoE existam 14,5 mil milhões de euros de potencial económico em jogo até 2023 para as empresas e Governos de todo o mundo (dos quais a Europa poderia beneficiar de cerca de 30%). E dessa quantidade, calculamos que o mercado IoE para a Cisco e para os seus parceiros poderia ascender a 27.000 milhões de dólares à escala global em 2016”.
Aliás, de acordo com o Centro Global de Transformação Digital dos Negócios (uma iniciativa da Cisco e do International Institute of Management Development de Lausanne, na Suíça), nos próximos cinco anos a transformação digital fará com que cerca de 40% das empresas desapareçam do mercado, ao passo que 75% ainda não mediu os riscos de não dar prioridade à sua estratégia digital. “Acreditamos que 2016 será o ano da transformação digital e que as organizações portuguesas centrarão os seus investimentos na dita transformação”.
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