Ericsson testa cirurgia robótica tátil com 5G
A Ericsson e o King’s College de Londres acabam de demonstrar um caso de uso de cirurgia robótica tátil com recurso a rede 5G no evento “5G World 2016”, em Londres.
O “Remote Control and Intervention” é uma implementação de 5G na área médica, que mostra uma sonda como uma representação robótica de um dedo biológico que confere ao cirurgião o sentido tátil num procedimento cirúrgico minimamente invasivo. Ao mesmo tempo, permite enviar dados em tempo real sobre a localização de nódulos duros em tecido mole.
A sonda, ou dedo robótico, permite identificar tecido cancerígeno e enviar informação ao cirurgião como feedback háptico.
A tecnologia esteve em destaque no stand da Ericsson no 5G World 2016 e os visitantes puderam avaliar a latência 5G controlando os movimentos do dedo robótico com uma luva com propriedades táteis. Uma vez que a sonda detete o tecido suspeito na simulação, envia um sinal de volta à interface de utilização. Além disso, a solução possibilita um feedback visual do que está a acontecer com uma visualização próxima da réplica de tecido mole.
Todo o processo é permitido por rede definida por software (software defined networking), configurada para facultar a qualidade de serviço necessária – implementando uma rede de múltiplas configurações ponta-a-ponta, que é um dos mais recentes conceitos do 5G.
“Através desta demonstração de simulação 5G, podemos mostrar como a latência é uma parte crítica do que o 5G pode disponibilizar, garantindo tanto o sentido tátil como o sinal de vídeo em tempo real, tão essenciais aos processos de cirurgia remota”, explica Valter D’Avino, diretor da Ericsson para a Europa Central e Ocidental.
O professor Mischa Dohler, diretor do Centre for Telecommunications Research do departamento de Informática do King’s College de Londres, acrescenta ainda que “ao permitir que o 5G assegure um processo cirúrgico remoto minimamente invasivo, o número de aplicações cresce exponencialmente e as vantagens deixam de estar limitadas geograficamente.” O especialista refere ainda que o sistema “permite uma mentoria e a escalabilidade do diagnóstico e de intervenções a nível global.”