A fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações móveis Ericsson é acusada de subornar autoridades gregas para assegurar acordos comerciais.
A Ericsson enfrenta acusações de fraude que alegam que a empresa pagou 18 milhões de dólares a um agente comercial, dinheiro esse que foi então empregue para subornar oficiais gregos.
À imprensa radiofónica sueca, o antigo funcionário da Ericsson Liss-Olof Nenzell alegou que “políticos, generais e oficiais governamentais de alta patente” receberam dinheiro da Ericsson.
Em defesa, a tecnológica sueca, que já recorria a agentes comerciais em vários países para fomentar as suas vendas, afirmou que, de facto, pagou a um agente na Grécia, mas que desconhece o que foi depois feito do dinheiro.
“Não temos qualquer tolerância para subornos e corrupção. Na altura, usávamos agentes, mas não agora que percebemos que é um sistema que peca pela falta de transparência”, alvitrou a Ericsson.
Desta forma, o Procurador-Geral da unidade de Anti-corrupção Nacional, da Autoridade Sueca de Acusação, Alf Johansson, declarou que apenas está interessado em infrações cometidas depois de dia um de julho de 2004, visto que crimes perpetrados antes dessa altura não podem já ser julgados.
Antonis Kantas, que foi diretor-adjunto de armamentos no Ministério da Defesa grego entre 1997 e 2002, confessou que aceitou subornos no valor de 16 milhões de dólares, relativos a negócios de armas com empresas estrangeiras, e apontou o envolvimento da Ericsson em práticas de suborno.
Por outro lado, a Ericsson incriminou Nenzell por desfalque.
Apesar de quando contactado pela Reuters não se ter pronunciado relativamente às acusações, Nenzell havia já negado a sua participação em atividades fraudulentas. “Não desviei dinheiro algum. Isso posso garantir”.
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