Ernest Quingles, recentemente nomeado Presidente e Managing Director da Epson Ibérica, revela, em entrevista à B!T, quais os planos da empresa para o mercado nacional. Reforço da relação com os parceiros de canal e maior foco nos setores de comércio, saúde, educação, financeiro e ambientes corporativos estão no topo da lista de prioridades.
B!T: Quais os seus principais objetivos, a nível de receitas e de quota de mercado, enquanto novo responsável máximo da Epson para a Península Ibérica?
Ernest Quingles: Em primeiro lugar, os nossos objetivos implicam avançar para a excelência. Para isso, contamos com uma equipa altamente qualificada que nos levará a alcançar quotas realmente ambiciosas. Queremos ser o número um nas diversas áreas de mercado. Para tal, desenvolvemos soluções específicas que dão resposta a procuras especializadas. O objetivo é sermos líderes em sectores onde a imagem digital é uma necessidade.
Qual a estratégia que pretende seguir para o mercado português?
Estamos conscientes que o mercado português representa um importante desafio para a Epson, uma vez que atuamos num ambiente económico complicado. A nossa expertise em múltiplos sectores, a nossa excelente equipa humana e o nosso incomparável portfólio de produtos devem permitir-nos avançar ao encontro do cumprimento da nossa estratégia: posicionar-nos como especialistas em sectores especializados. Neste sentido, dirigir-nos-emos em particular a grandes sectores muito bem identificados como comércio, saúde, educação, financeiro e ambientes corporativos.
São esses segmentos e mercados verticais que constituem uma oportunidade de negócio especialmente aliciante para a Epson em Portugal?
Acreditamos estar perante o início de uma recuperação económica que, a ser sustentada durante os próximos quatro ou cinco trimestres, permitirá falar de recuperação plena. E são diversos os sectores que despontam neste início de recuperação. Contamos com soluções adequadas para cada um deles, que lhes permitirão ganhar em eficiência e produtividade e, portanto, melhorar resultados. A Epson transformou-se no parceiro ideal para sectores verticais específicos, como é o caso do comércio a retalho, o sector da saúde, educação, os ambientes corporativos ou as entidades financeiras. Porque fornecemos soluções altamente eficientes, que lhes permitirão centrar-se na melhoria dos seus negócios, otimizando o apoio aos seus clientes, reduzindo custos e diminuindo o consumo energético. A nossa avançada tecnologia não só nos abre novas oportunidades em segmentos de negócio em crescimento, como é em si mesma uma oportunidade para os próprios negócios de maximizar a eficiência.
Já liderou a Tech Data Portugal. A sua nomeação para líder da Epson Ibérica pode ser entendida como um sinal de que a Epson pretende apostar ainda mais no canal?
Sim, claro. Os parceiros de canal são a nossa prioridade. Temos reunido com os principais distribuidores e continuamos a trabalhar em soluções inovadoras que deem resposta às exigências dos seus clientes. Saber como funciona um grossista permite-nos estar plenamente conscientes das necessidades, ferramentas e recursos adequados para dar a melhor resposta aos clientes. Importa salientar que destinamos 1,34 milhões de dólares diários à investigação e desenvolvimento. Sem dúvida que um investimento deste nível traduz-se em soluções e serviços inovadores, tecnologicamente avançados e capazes de reduzir o impacto ambiental. Queremos estar próximos dos nossos parceiros de canal para continuaremos a investir recursos e esforços para os ajudar a melhorar vendas.
A estrutura da Epson em Portugal sofreu ou vai sofrer ajustes a nível de recursos humanos?
A Epson acreditou sempre e continuará a acreditar no mercado português. Na Epson Portugal contamos com uma excelente equipa e temos uma estratégia bem definida, que implica sermos capazes de posicionar a nossa expertise em diversos segmentos de mercado de carácter profissional. Para isso, adaptaremos infraestruturas que permitam que a nossa relação com os clientes seja mais fluída, com instalações inovadoras em coerência com as soluções e serviços tecnologicamente avançados que temos vindo a desenvolver.
Há muito que se fala que o negócio da impressão está em queda com a crescente profusão de dispositivos móveis que, teoricamente, requerem que se recorra menos à impressão. Mas a verdade é que os grandes players vêm resistindo. Como vê o negócio da impressão a médio/longo prazo?
São diversos os estudos que indicam que se continuam a utilizar os serviços de impressão. E que até se imprimem grandes quantidades de trabalhos, correios eletrónicos, etc. Não obstante, as empresas têm a necessidade de ser mais eficientes e otimizar a utilização que fazem da tecnologia de impressão. Nós damos resposta a esta necessidade com equipamentos de impressão de última geração que permitem imprimir até 75 mil páginas com um único consumível. Felizmente, existe concorrência e ela faz-nos ser e evidenciar que somos capazes de fornecer soluções de maior valor. A concorrência é algo positivo – faz-nos evoluir e mantém-nos despertos, aproximando-nos dos nossos clientes.
Muitos players de impressão têm vindo a diversificar o seu negócio, apostando em áreas novas. Esse é um caminho que a Epson vai trilhar ainda mais no futuro?
O nosso objetivo é continuar a crescer. Já entrámos em novos mercados e lançámos produtos tão inovadores como os nossos produtos wearable: smartglasses, relógios GPS ou monitores de pulseira para medir o ritmo cardíaco. Também revolucionámos o mercado da impressão com a nossa gama de impressoras ‘replaceable ink pack system’, com bolsas de tinta para a impressão de até 75 mil páginas. Entrámos fortes na impressão on demand de etiquetas industriais e na impressão têxtil. Somos também pioneiros na incorporação de tecnologia de impressão cloud para pontos de venda ou restauração. Somos líderes em inovação e continuaremos a apostar em novos desenvolvimentos para múltiplos mercados.
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