Empresas não estão preparadas para ataques cibernéticos

A IBM não tem qualquer dúvida. A maioria das empresas não está preparada para lidar com ataques cibernéticos. Por isso, 75% dos entrevistados para um estudo levado a cabo pela empresa norte-americana espera aumentar orçamento em segurança nos próximos anos.

Os números são claros: mais de 80% dos líderes de segurança digital acreditam que o desafio das ameaças externas está em ascensão. Contudo, 60% afirmam que suas empresas estão desarmadas na guerra cibernética, revelou o terceiro estudo com CISOs (Chief Information Security Officer) realizado pelo IBM Center for Applied Insights.

As ameaças externas avançadas foram consideradas o principal desafio para 40% dos entrevistados e deverão exigir esforços adicionais nos próximos três a cinco anos. O segundo ponto mais indicado pelos executivos foram as regulamentações do setor (15%). Outra constatação foi que a prevenção de fuga de dados, segurança na nuvem e em dispositivos móveis são as áreas que precisam de mais transformação.

Para 80% dos CISO ouvidos, o risco potencial de regulamentações e padrões tem aumentado ao longo dos últimos três anos. Os executivos não estão seguros sobre como os governos irão lidar com a governança de segurança em nível nacional ou global e quão transparente ela será. A estimativa de apenas 22% dos profissionais é de que haverá uma abordagem mundial a ser acordada no combate ao cibercrime daqui três a cinco anos. Outras constatações do relatório incluem:

    • Orçamento para segurança na nuvem vai aumentar: enquanto a preocupação com a segurança na nuvem permanece alta, quase 90% dos respondentes já adotaram cloud ou pretendem ter iniciativas na nuvem. Deste grupo, 75% esperam que o orçamento de segurança para essa área aumente nos próximos cinco anos.
    • Segurança inteligente lidera: mais de 70% dos líderes pesquisados disseram que segurança inteligente e em tempo real é cada vez mais importante para a companhia. Apesar desse consenso, o estudo constatou que as áreas de classificação de dados, descoberta e inteligência de segurança analítica têm relativamente pouca maturidade (54%) e exigem melhoria ou transformação.

O terceiro estudo com Chief Information Security Officer deste ano da IBM teve como objetivo descobrir e compreender como as organizações estão atualmente se protegendo contra ataques cibernéticos. Para isso, foram ouvidos quase 140 altos dirigentes de segurança nas organizações.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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