A computação em cloud é uma das mais fortes tendências que tem vindo, indubitavelmente, a deixar a sua marca no panorama internacional das TI, e cuja transversalidade não deixa impune qualquer setor. Em entrevista à B!T, Estelle Barré, vice-presidente do segmento de soluções cloud e serviços da Scnheider Electric, explica de que forma tem a cloud vindo a afetar a evolução dos centros de dados, abordando também o desempenho da empresa ao longo dos últimos tempos.
B!T: Como tem evoluído o mercado dos data centers nos últimos cinco anos? De que forma tem a cloud influenciado essa mesma evolução?
Estelle Barré: As empresas estão a transformar os seus Centros de Dados, combinando os “on premise” com os Centros de Dados de terceiros. Os Centros de Dados empresariais necessitam de ser flexíveis, pelo que as restantes infraestruturas “on premise” terão, em muitos casos, de ser otimizadas, após a migração das cargas TI para os Centros de Dados de terceiros. Os prestadores de serviços estão a construir novos Centros de Dados que têm de ser, não só, fiáveis e eficientes, tendência verificada ao longo dos últimos 5 anos, como existe também a necessidade de serem escaláveis para uma implementação simplificada e rápida, sendo necessário manter o ritmo e acompanhar o crescimento de dois dígitos deste mercado.
B!T: Que novas tecnologias tem a Schneider desenvolvido para recriar o paradigma tradicional dos centros de dados?
EB: O nosso investimento tem sido efetuado em três pilares fundamentais:
B!T: Em que tem apostado a Schneider Electric para tirar partido do acentuado crescimento do mercado global de cloud?
EB: Da nossa parte, existe um foco específico nos fornecedores de Co-Localização, Telcos e Cloud. Possuímos uma equipa de especialistas dedicados que compreendem as necessidades deste negócio, bem como as soluções que melhor se adequam aos seus desafios
B!T: Que parcerias tem a Schneider traçado para potenciar o seu negócio e não perder território, nem quota de mercado, dado o crescimento do mercado de cloud?
EB: Nós apoiamos o negócio de todo o tipo de Empresas, no entanto, desenvolvemos um conjunto de iniciativas específicas para todos os nossos segmentos estratégicos. Por exemplo, os fornecedores e prestadores de Serviços de Cloud pertencem a uma área estratégica para a Schneider Electric, incluindo em si as empresas de Telecomunicações, de Cloud e os fornecedores de Co-Localização, assim como os Gigantes da Internet. Podemos afirmar que a Cloud é uma oportunidade para a Schneider Electric. Iniciativas específicas para o segmento incluem recursos dedicados como Arquitetos de Soluções, bem como especialidades, ferramentas, arquiteturas e soluções específicas para os nossos clientes, de forma alinhada com as suas necessidades.
B!T: Em que áreas planeia a Schneider investir nos próximos três, cinco anos? Qual será o foco do negócio?
EB: Os nossos planos de investimento prosseguem no sentido de suportar os nossos 3 pilares: hardware, software e “peopleware”, para que consigamos apresentar as melhores soluções, respondendo aos desafios dos nossos clientes. Porém, a pergunta fica no ar: quem irá sair vencedor da batalha Cloud? Os Gigantes da Internet, as Telcos, as empresas de TI ou um player completamente novo? No caso da Schneider Electric, acompanhamos a carga de TI, servindo, atualmente, tanto as entidades empresariais como os prestadores de serviços, cada um com uma abordagem específica, desenhada tendo em conta os seus desafios.
B!T: Qual tem sido a performance da Schneider no mercado mundial dos data centers?
EB: A Schneider Electric é líder na área dos Centros de Dados. Esta afirmação ganha sentido pelos 45 anos que possuímos de experiência na conceção, construção e manutenção de novos Centros de Dados, bem como da renovação dos existentes.
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