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EMC compra SSD e aumenta oferta em armazenamento flash

O EMC World 2014, que abriu hoje em Las Vegas, começou com um anúncio-surpresa: a compra da DSSD pela EMC, embora os detalhes financeiros do acordo não tenham sido revelados.

O interesse da EMC pelo armazenamento tornou-se claro quando, há dois anos, a empresa comprou a ExtremeIO. A compra da DSSD, uma startup dedicada ao desenvolvimento de tecnologia de agregação de armazenamento flash para rack especialmente concebido para os bancos de dados em memória, como banco de dados SAP Hana ou Hadoop, voltou a deixar claro que este tipo de memória é o futuro. Durante uma das sessões do evento foi dito que 3% das empresas irão armazenar em flash até 2017, e apesar de muitos terem algumas reservas relativamente a este número, olhar para o copo meio cheio significa que há uma grande oportunidade de negócio.

Durante o evento, foi o próprio Joe Tucci, CEO da EMC, que no seu discurso se referiu à estratégia de inovação da sua empresa. Uma estratégia dupla na qual, por um lado, 12% da receita se destina à pesquisa e desenvolvimento e, por outro, 10% anuais para aquisições estratégicas. A compra da DSSD, cujo negócio deverá ser fechado no segundo trimestre, está incluída nesta segunda forma de inovação.

Inicialmente, a DSSD irá operar como uma unidade de negócio independente dentro da “Emerging Technology Products Division”, reportando a Chirantan Desai.

Bill Moore, presidente e CEO da DSSD, será o responsável por esta nova unidade de negócio. Andy Bechtolstein, presidente e chefe de desenvolvimento da Arista Networks e co-fundador da Sun Microsystems, continuará a ser o responsável estratégico  da DSSD.

Durante o seu discurso, Bechtosltein, que entretanto subiu a palco, explicou que ao trabalharem junto, EMC e DSSD implementarão um novo tipo de sistema de armazenamento, com menor latência e maior largura de banda, que vai revolucionar o mercado.

Os servidores baseados em Flash proporcionam um acesso mais rápido aos dados uma vez que o armazenamento é conectado ao servidor através de conexões PCIe. A desvantagem destes sistemas é que estão limitados a 10 TB por servidor, sendo por isso difíceis de gerir, explicou Jeremy Burton, presidente de produtos e marketing da EMC. Mas a compra da DSSD, com uma tecnologia capaz de trabalhar com SAP HANA, Mongo, Cloudera ou Hadoop, será um primeiro passo para vencer a barreira e ajudar a EMC a levar flash para servidores em que a capacidade de armazenamento possa ser compartilhada.

Rosalía Arroyo

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