O Big Data pode acelerar a inovação e até melhorar a competitividade das organizações pois permite ter informação mais pertinente e com melhor qualidade para a tomada de decisões, disse à “B!T” Vítor Baptista, EMEA Senior Enablement Manager da EMC Data Protection & Availability Division. “Mais informação, resultado do processamento e cruzamento de mais dados (e mais relevantes), quando aplicada da forma mais correta e como parte do processo de partilha de conhecimento permite perceber quais os produtos ou serviços mais adequados para o mercado-alvo e que possam ser mais distintos em relação à concorrência”. Um exemplo clássico dado por Vítor Batista é a Google e a forma como aproveita os dados que dispõe para lançar produtos inovadores e diferenciados.
O Big Data é um conceito relativamente recente, que se tem vindo a desenvolver tendo como base soluções de análise de dados tradicionais (data warehousing, data mining) e o crescimento exponencial da informação. Esta é a definição da EMC. “Big Data é basicamente uma solução que permite retirar mais valor a partir dos dados existentes nas organizações. Mas nem todas as organizações estão preparadas para tirar proveito do valor gerado. Não só por não estarem ainda preparadas a nível tecnológico mas sobretudo porque necessitam de ajustar os processos organizacionais e preparar os funcionários para esta nova realidade”, disse Vítor Baptista, EMEA Senior Enablement Manager da EMC Data Protection & Availability Division.
De resto, e em Portugal, a EMC, desde há cerca de três anos, tem vindo a executar ações de evangelização e de promoção destas soluções. “O resultado desse trabalho tem sido excelente, em particular quando falamos do nível de adoção destas soluções por parte dos nossos clientes. Acreditamos que durante este e o próximo ano vamos assistir a um aumento significativo da procura e ao aumento da implementação de soluções de Big Data”, disse Vítor Baptista. E acrescenta que cada vez mais, com ou sem crise, as organizações têm que ser mais eficientes e mais competitivas. “O aproveitamento da informação e do conhecimento são muitas vezes o único caminho viável para o aumento de faturação e margens, quando não para a própria sobrevivência”.
Vítor Baptista acredita que o Big Data pode acelerar a inovação e até melhorar a competitividade das organizações pois permite ter informação mais pertinente e com melhor qualidade para a tomada de decisões. “Mais informação, resultado do processamento e cruzamento de mais dados (e mais relevantes), quando aplicada da forma mais correta e como parte do processo de partilha de conhecimento permite perceber quais os produtos ou serviços mais adequados para o mercado-alvo e que possam ser mais distintos em relação à concorrência. Um exemplo clássico é a Google e a forma como aproveita os dados que dispõe para lançar produtos bastante inovadores e diferenciados”.
Assim, o principal desafio para a EMC está relacionado com as mudanças que são necessárias realizar na organização, para que todos possam atuar considerando os resultados da análise e correlação dos dados. Big Data cria mais informação a partir dos dados, mas a criação de valor real para a organização só ocorre quando os processos de tomada de decisão forem ajustados a esta nova realidade.
Relativamente à sempre preocupante segurança e privacidade dos dados, Vítor Baptista admite que o Big Data permite correlacionar mais dados de uma forma mais eficiente, pelo que, nesse sentido, poderão ser gerados alguns resultados que possam colocar em causa a segurança ou mesmo a privacidade de utilizadores ou organizações. No entanto, explica que a compreensão de determinados padrões de comportamento pode revelar potenciais riscos e formas de ultrapassar alguns mecanismos de segurança. “Como analogia para facilitar a compreensão podemos utilizar o seguinte caso: se um determinado indivíduo detetar qual o padrão utilizado por uma empresa de segurança que transporta elevadas somas de dinheiro, poderá ser mais eficaz se um dia pretender assaltar essa empresa. O mesmo se aplica à segurança e privacidade dos dados, deverão existir limites e regulamentações para evitar possíveis abusos ou ilegalidades”. Aliás Vítor Baptista elucida que em Portugal já ocorreram casos onde as regras colocaram entraves a uma empresa que pretendia correlacionar dados relativos a uma instituição financeira com dados respeitantes a uma empresa de retalho.
Em termos de portfólio, a EMC lançou, há cerca de um ano, uma nova empresa, demominada Pivotal, através da transferência de recursos especializados da subsidiária VMware e da própria EMC. “Esta empresa, como o nome sugere, funciona como um ponto de ligação para a criação de soluções Big Data a partir de toda a oferta do grupo EMC (EMC Information Infrastructure, VMware e RSA). A oferta daí resultante é muito vasta e única no mercado, sem ser exaustivo, podemos destacar: soluções de armazenamento otimizadas para processamento e armazenamento de Big Data; soluções de virtualização e cloud ajustadas para a implementação de soluções Big Data, seja na cloud pública, híbrida ou privada; soluções de desenvolvimento aplicacional tendo com base linguagens e frameworks desenhados de raiz para a produção rápida de aplicações Big Data; soluções de gestão e partilha de conteúdos produzidos por soluções Big Data”.
As principais novidades para os próximos dois anos, segundo Vítor Baptista, estarão centradas no surgimento de soluções mais adequadas paras as PME e de novas tecnologias que irão permitir processar e correlacionar dados de forma mais rápida. “Cada vez mais a oferta através da Cloud permitirá que pequenas e médias organizações possam tirar proveito do Big Data a custos controlados”. Em paralelo, e tal como anunciado pela EMC no EMC World 2014 em Las Vegas, irão surgir soluções integradas que otimizam o processamento e armazenamento de mais dados, no limite garantindo que a análise e correlação de dados em tempo real se torne uma norma. Flash Drives, in-memory computing, Hadoop irão ser termos tão utilizados como discos rígidos, bases de dados analíticas ou SQL.
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