A EasyJet vai utilizar novas tecnologias no apoio à operação da sua frota de 220 Airbus A319 e A320 de uma forma mais eficiente, visando reduzir atrasos e manter níveis de segurança. Drones e realidade virtual 3D são exemplos das áreas em que a empresa vai apostar.
A companhia está a trabalhar com a equipa da Coptrcraft, Measurement Solutions and Bristol University’s Aeronautical and Robotics para modificar a tecnologia existente para passar a utilizar drones na inspeção da sua frota de aparelhos Airbus. Os drones serão programados para digitalizar e avaliar os aviões, emitindo um relatório reportando qualquer dano que possa exigir uma inspeção mais aprofundada ou trabalhos de manutenção. Os drones estão atualmente em desenvolvimento, com vista à sua experimentação e serão depois apresentados no início do próximo ano.
“A tecnologia drone pode ser utilizada de uma forma extremamente eficiente ajudando-nos na avaliação dos aviões. Avaliações que habitualmente levam mais do que um dia podem passar a ser feitas num par de horas e com maior precisão”, destaca Ian Davies, Responsável de Engenharia da EasyJet.
“A inspeção de aviões é uma ótima aplicação para os drones. Juntamente com a visão e navegação inteligente do computador, os drones podem obter dados precisos de lugares com difícil acessibilidade”, refere Arthur Richards, Responsável da Aerial Robotics na Bristol University. “Estamos ansiosos para trabalhar com a EasyJet neste desafio de desenvolvimento de sistemas de drones seguros, eficazes e eficientes”, acrescenta.
Paralelamente à tecnologia drone, a EasyJet está a planear utilizar tecnologia de realidade virtual 3D e realidade aumentada, através da Epson e do Vuzix, que permitirá à equipa de engenharia visualizar de forma remota exatamente o que o piloto ou engenheiro estão ver, utilizando óculos de realidade virtual. Os óculos utilizam a primeira alta definição do mundo através de sistema de visualização, que fornece a realidade aumentada e ajuda a EasyJet a diagnosticar remotamente uma questão técnica.
Esta tecnologia poderá ser muito útil em alguns aeroportos mais distantes da rede da companhia aérea. Atualmente os engenheiros e os pilotos têm de enviar fotos por e-mail e contactar o Centro de Operações de Controlo (COC) da EasyJet para tentar resolver o problema por telefone. A companhia está também a experimentar a tecnologia de vídeo de Vidcie e XO Eye, que permite uma transmissão ao vivo entre o engenheiro e o Centro de Operações de Controlo.
“A tecnologia de realidade aumentada em 3D é a chave para a EasyJet reduzir longos atrasos quando o aparelho está em terra. Isso vai permitir uma maior clareza sobre quaisquer problemas técnicos que ocorram a centenas de quilómetros de distância. Ao utilizar os óculos de realidade aumentada, os engenheiros ou pilotos podem transmitir imagens e dados ao vivo para o Centro de Operações de Controlo da EasyJet, em Luton, dando-lhes acesso direto a informação visual, tornando mais fácil resolver qualquer problema técnico”, afirma Ian Davies, Responsável de Engenharia da EasyJet.
O departamento de engenharia da EasyJet também trabalhou com a Output42 para desenvolver aplicações à medida que permitam que os engenheiros executem certas questões do dia-a-dia de forma mais eficiente e permitam à companhia regressar ao avião de uma forma rápida. Por exemplo, uma aplicação ajuda os engenheiros a identificar e substituir as pás do ventilador danificados (após uma colisão com aves, por exemplo) mais rapidamente após digitalizar as pás do ventilador e pedir automaticamente uma peça de substituição adequada no inventário da companhia. As aplicações estão em diferentes fases de desenvolvimento e espera-se entrar em fase de testes de alguns deles durante o Verão.
A juntar a tudo isto, até ao final do mês, a EasyJet completa a instalação dos Panasonic Toughpads em substituição dos laptops e das cartas de navegação impressas em todos os cockpits. Isto significa que a companhia se está a aproximar de um avião totalmente sem papéis a bordo. Através da substituição dos livros de registo em papel, a EasyJet espera reduzir os custos de combustível em cerca de 500 mil dólares por ano. Por cada quilo de peso retirado da frota de aviões, a EasyJet economiza cerca de 20 mil dólares por ano.
Além disso, a nova tecnologia “e-paper”, desenvolvida pela Sony, permite observar que a EasyJet erradica por completo os formulários impressos na cabine, o que significará um avião sem papéis a bordo. Este novo Digital Paper é o design mais recente e mais leve da Sony, que faz parecer que o utilizador esteja a escrever no papel. Os formulários podem ser rapidamente gravados numa base de dados central, o que permite que a equipa operacional da EasyJet tenha acesso mais rápido e fácil a informações sobre todos os seus aparelhos. Os testes vão começar nos próximos meses.
Por fim, a EasyJet está a trabalhar com a FlightWatching para instalar uma ferramenta de prognóstico precoce de falhas que pode fornecer as atualizações em direto de todos os aviões enquanto estão a voar às equipas de operações e de engenharia. Trata-se de um sistema de software baseado no sistema FlightWatching, chamado WILCO, que permite receber valores de parâmetros da aeronave em tempo real através do sistema de mensagens ACARS. Os valores são, então, transformados num esquema de animação que podem ser usados para prever possíveis problemas ou para solucionar falhas técnicas antes de o avião aterrar. Ou seja, será possível aos engenheiros em terra iniciar a investigação em pleno voo e garantir que os recursos de engenharia ou as peças estejam disponíveis quando o avião aterra, aumentando assim a eficiência.
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