O comércio eletrónico voltou a crescer no quarto trimestre de 2014. Um levantamento da ACEPI e da Netsonda revelou o aumento das vendas online e do número de pessoas que efectuam compras através de plataformas digitais.
O Barómetro Trimestral ACEPI/Netsonda aponta para o crescimento do setor português do comércio digital em 2014, o que indicia um crescendo do investimento em mobilidade e da confiança dos consumidores no e-commerce.
O estudo abordou cerca de 40 empresas do mercado português com presença online, das quais 71 por cento afirmou ter registado um aumento do número de clientes digitais no último trimestre de 2014, comparativamente ao mesmo período de 2013. Também 66 por cento das empresas revelou que o número de vendas efectuadas através de meios online aumentou.
Aproximadamente um quarto das empresas inquiridas conseguiu alcançar um volume de vendas de mais de um milhão de euros entre outubro e dezembro de 2014.por outro lado, mais de metade disse que procurou reforçar a sua presença na dimensão online, intensificando os investimentos no seu website. Diz o Barómetro que as despesas com o aprimoramento dos portais têm vindo a aumentar, de trimestre para trimestre.
Falando de mobile commerce, ou m-commerce, 53 por cento das empresas afirmou que entre um e dez por cento das suas vendas são já efetuadas através de dispositivos móveis. É, assim, revelado que o comércio eletrónico está a romper as fronteiras do ecossistema PC e a preparar-se para tomar de assalto o universo dos tablets e dos smartphones.
Este crescimento não deverá ficar por aqui, mas sim fortalecer-se nos próximos trimestres.
87 por cento destes websites recorre às redes sociais para divulgar o seu negócio, ao passo que 82 por cento faz uso de campanhas publicitárias digitais para alcançar o público-alvo.
A electrónica de consumo e os telemóveis representaram 26 por cento da totalidade dos produtos vendidos no quarto trimestre de 2014, ficando no topo da lista dos artigos mais vendidos nesse período.
O presidente da ACEPI, Alexandre Nilo da Fonseca, afirmou que até 2017 o comércio eletrónico deverá gerar cerca de quatro mil milhões de euros, perfazendo 2,5 por cento do Produto Interno Bruto.
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