Duelo continua entre Apple e FBI sobre aparelhos criptografados
O caso polémico já se arrasta por meses, numa guerra que tem contornos técnicos complexos e divide opiniões em Silicon Valley (EUA) e no mundo. A Apple desobedeceu a uma ordem para ajudar o FBI a desbloquear o iPhone de um terrorista e o caso tem gerado alguns conflitos entre a empresa e a entidade.
Agora, a Apple e o FBI vão voltar ao Congresso dos Estados Unidos, na próxima semana, para testemunhar diante dos parlamentares sobre o seu acalorado desentendimento sobre o cumprimento das leis em aparelhos criptografados, anunciou um comité do Congresso ontem (15).
O conselheiro geral da Apple, Bruce Sewell, e Amy Hess, diretora-executiva assistente para Ciência e Tecnologia do FBI, testemunharão em painéis separados do subcomité House Energy and Commerce na terça-feira, além de outros agentes da lei e especialistas em tecnologia.
O diretor do FBI, James Comey, apresentou-se perante um comité do Congresso dos EUA no mês passado para defender a busca da polícia federal norte-americana de um mandado judicial para obrigar a Apple a prestar assistência no desbloqueio do iPhone de um dos atiradores de San Bernardino, Califórnia (EUA). Sewell também testemunhou na audiência.
Desde então o FBI abandonou o caso de San Bernardino, pois uma terceira parte, ainda mantida em segredo, ajudou o governo a hackear o telefone.
Outras testemunhas incluem o chefe do setor de inteligência do Departamento de polícia de Nova York, Thomas Galati, o comandante da Força Tarefa para Crimes Contra Crianças na Internet de Indiana, Charles Cohen e o professor e especialista de segurança da computação da Universidade da Pensilvânia, Matthew Blaze.
*Com reportagem de Dustin Volz e Eric Beech, da Reuters