O multimilionário Jeff Bezos, dono da Amazon, aposta nos jornais e compra Washington Post.
Há cerca de 20 anos o multimilionário decidiu abandonar a carreira em Wall Street, um emprego seguro para criar uma livraria online, a Amazon.
Tornou-se o maior retalhista da Internet que gera milhões todos os anos e hoje decide “ressuscitar” a Washington Post.
Jeff Bezos criou a livraria online numa altura em que a maior parte da população ainda não tinha acesso à internet em casa e as empresas ponderavam a vantagem de investir num modem.
A Amazon foi criada exclusivamente para a venda de livros online pensado no futuro do retalho.
Para muitos, Bezos foi considerado louco, mas para outros foi simplesmente um visionário, hoje a Amazon é a principal loja online que fatura mais de 20 milhões de dólares desde a sua criação.
Este mês o multimilionário decidiu comprar a Washington Post por 250 milhões de dólares numa altura em que a morte da imprensa é sistematicamente anunciada.
Apostar num jornal cujas vendas diminuíram para menos de metade na última década, para muitos é loucura, mas para outros talvez seja Bezos a descobrir como salvar a imprensa da decadência.
Por enquanto quase nada se sabe, apenas que o jornal foi comprado em nome próprio e que escreveu uma carta aos trabalhadores do jornal, na qual assegurou que a missão do jornal continuaria a ser satisfazer os leitores e não os interesses privados dos seus donos.
Salientou ainda que o jornalismo tem um papel decisivo numa sociedade livre e que apesar de tudo haverá mudanças.
“Teremos que inventar, o que significa que teremos que experimentar. O nosso foco estará nos leitores, perceber o que lhes interessa, política, poder local, novos restaurantes, negócios, instituições de solidariedade, governantes, desportos, e trabalhar a partir daí. Estou entusiasmado e otimista por esta oportunidade de inovar e criar”.
Acredita-se ser neste ponto que reside o segredo de Bezos, na capacidade de desenhar e trilhar caminhos para o futuro. Assim foi com a Amazon, uma das empresas mais bem sucedidas dos últimos tempos.
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