O Big Data e o Analytics estão a transformar os processos de trabalho, as estratégias e os modelos de negócios das empresas, diz a Dimension Data que lançou um documento nos quais explora os principais desafios e tendências que marcarão a área dos Data Centers no próximo ano.
Segundo a empresa, a recolha, o armazenamento, o acesso e a análise de toda a informação para otimização das abordagens aos mercados e aos clientes está a contribuir decisivamente para o crescimento significativo dos Data Centers. Por outro lado, a organização confirma que a cloud colocou nas mãos das empresas de menor dimensão ferramentas e soluções que anteriormente só estavam ao alcance das grandes organizações. “A mudança para estas plataformas surge cada vez mais associada a um otimização e crescimento do negócio acompanhado de uma redução dos custos, palavras que ganham dimensão numa altura de desequilíbrio económico e de grande concorrência um pouco por todo o mundo”. Ou seja, o mercado assiste, por isso, a um crescimento galopante do número de centros de dados de grande dimensão que oferecem os mais diversos tipos de serviços à medidas das grandes corporações com negócios críticos, ou das pequenas empresas que pretendem migrar todo o negócio para a nuvem, aproveitando o potencial que esta oferece. “Sem preocupações a nível de infraestruturas, as empresas reorientam as suas estratégias para a áreas das aplicações, que está igualmente envolvida numa nova metodologia que privilegia a criação e o desenvolvimento de soluções que se ajustam gradualmente às reais necessidades dos utilizadores em detrimento dos produtos finais, fechados e perfeitos, que aprontem resolver ditos problemas”.
Assim, a análise da Dimension Data traçou, para 2015, as cinco grandes tendências que vão marcar o setor das tecnologias da informação e Comunicação, e dar origem a profundas transformações na forma como as empresas veem o cliente, prioritizam as suas estratégias, desenham as suas soluções e abordam o mercado e fazem crescer o seu negócio, a nível global.
As vantagens amplamente promovidas da cloud, do Big Data e da área de Analytics estão a potenciar o crescimento do mercado de Data Centers, que suporta todas estas novas tecnologias. A tendência aponta, por isso, para uma diminuição dos centros de dados proprietários, que estão habitualmente nas empresas, e para um aumento significativo e inabalável dos grandes Data Centers que servem centenas ou mesmo milhares de companhias a nível mundial.
“Há cerca de um ou dois anos, o mercado discutia a viabilidade da união entre estes dois mundos: o dos Data Centers e o da cloud. Os clientes questionavam se a nuvem teria capacidade para suportar elevados e exigentes volumes de trabalho, ou mesmo, todos os requisitos de conformidade existentes. No entanto tudo isto mudou, e hoje em dia, os CIOs perguntam que áreas do seu negócio podem ser migradas para a cloud e com que rapidez esta transição pode ser feita”, explicou no documento Kevin Leahy, diretor-geral do grupo Dimension Data, para o negócio dos centros de dados.
Esta realidade está a dar origem a profundas alterações na estrutura dos próprios Data Centers. Por uma questão de custos e de otimização do negócio, as empresas começam a reavaliar o espaço que realmente necessitam dentro dos centros de dados, e o que acontece na maior parte dos casos, é que estas empresas chegam à conclusão que sobreavaliaram as suas reais necessidades e que, se aproveitarem as vantagens oferecidas pela cloud, conseguem reduzir até 50% a dimensão do seu espaço dentro do centro de dados. Este tipo de consideração ganha ainda mais força pelo facto das economias de escala estarem a ficar menores, com a redução do espaço físico contratado. Neste caso, o investimento em determinadas tecnologias, como as de otimização energética, deixam de fazer sentido. A tendência aponta para a escolha de modelos de partilha de localização de ambientes de hosting, de ambientes cloud, ou dos tradicionais centros de dados com maior proximidade geográfica, com vista a um melhor desempenho.
Do outro lado da moeda existem os grandes centros de dados, detidos maioritariamente pelos gigantes da indústria ou pelos fornecedores de serviços cloud. O modelo de negócio dos mega centros de dados assenta na eficiência. O investimento está direcionado para as designadas fuel cells e para as mais avançadas tecnologias que suportam as soluções energéticas e de refrigeração. O objetivo passa por reduzir o consumo de energia por unidade de computação comparativamente com os valores conseguidos num centro de dados proprietário.
A próxima tendência dos centros de dados incide sobre a capacidade de desbloqueio do verdadeiro valor transmitido pela tecnologia. “Os CIOs já não querem a nossa ajuda apenas para questões de teor tecnológico, pedem-nos cada vez mais apoio na otimização dos processos operacionais, com vista à extração do máximo valor possível dos investimentos feitos em tecnologia”, disse Leahy.
As empresas pretendem fazer crescer o negócio de uma forma estruturada, com base num modelo operacional moderno, mas maduro, que consiga impulsionar a oferta de serviços consistentes suportados por procedimentos operacionais baseados em políticas. A Dimension Data acredita que a automatização é um elemento chave para extrair o máximo valor da tecnologia. O problema é que é quase sempre descurado. “A maior parte das equipas de TI mantém-se focada em garantir que a sua infraestrutura está a funcionar corretamente, para não penalizar os volumes de trabalho e os timings de funcionamento. Não pensam nos maiores e melhores níveis de automatização que podem conseguir”, sublinhou o executivo da empresa.
O “fosso” que muitas vezes existe entre os líderes das empresas e a equipa responsável pelas TI constitui outra das barreiras mais frequentes. Hoje em dia, os CIOs estão tendencialmente mais focados nas aplicações e em proporcionar a melhor experiencia possível de utilização móvel a um utilizador cada vez mais exigente, e que pretende um acesso rápido a toda a informação que necessita num determinado momento. No entanto, as organizações têm que se certificar que, no centro de dados, os especialistas técnicos estão a garantir os melhores níveis de segurança e de proteção de dados num ambiente móvel.
A Dimension Data defende que os CIOs devem analisar o nível e tipo de interação que os seus clientes, internos e externos, pretendem ter com o negócio e com as aplicações, e permitir um envolvimento mais direto das equipas de TI neste cenário. O feedback a que têm acesso poderá ser crucial para a criação de cenários de utilização que permitem uma melhor orientação da tecnologia para o cliente. “Isso poderá exigir novos processos, políticas e tecnologias de automatização,”
Esta mudança está a conduzir a uma procura por diferentes tipos de competências em TI. Já não existe a necessidade de especialistas numa área específica, mas sim de pessoas que se concentrem em soluções de automatização e na integração das diferentes interfaces de programação de aplicações com as tecnologias existentes. “As empresas deverão, neste caso, recorrer à ajuda de empresas especializadas em serviços geridos (managed services), com os recursos e as tecnologias de automatização necessárias. Estas empresas poderão ajudar as organizações a verem o que está para lá da tecnologia e a concentrarem-se nos resultados que pretendem alcançar.
A maior parte das organizações de TI ainda gere os seus Data Centers sob um modelo de gestão antigo, utilizando processos em cascata e sistemas idle-driven. Com isto estão a perder a oportunidade de aproveitarem as vantagens oferecidas pelas novas arquiteturas e sistemas que lhes permitem otimizar o negócio em termos de tempos de resposta e de custo/benefício.
Treb Ryan, Chief Strategy Officer da Dimension Data para a área de ITaaS (IT as a Service) acredita que as empresas de TI necessitam aproveitar todos os avanços tecnológicos, como a cloud e as novas metodologias de desenvolvimento, para explorarem todas as possibilidades através da criação de ideias inovadoras e de novas abordagens ao mercado. A cloud e os mais recentes avanços tecnológicos mudaram as regras do jogo e colocaram ao alcance das empresas de menor dimensão ferramentas e soluções que estavam habitualmente reservadas para as grandes companhias. “As empresas necessitam agora de perceber que podem aproveitar todas estas soluções para melhorarem os resultados dos seus negócios”, sublinhou.
O investimento em tecnologia de desenvolvimento de software ágil (Agile) é o primeiro passo para capitalizar todas essas oportunidades. Os líderes dos departamentos de TI têm que trabalhar sobre uma nova realidade que integra pessoas, processos e software, e abandonar os tradicionais processos rígidos. “Este tipo de abordagem deve ser aplicado não só às metodologias de desenvolvimento, mas também a toda a estrutura operacional das TI. É preciso identificar algumas áreas-chave e colocar o foco na capacidade de resposta e no desenvolvimento iterativo. Estas mudanças levam à criação de ambientes muito mais estáveis”, disse Ryan.
O conceito de faturação baseado no consumo é um elemento-chave desta transformação, mas as vantagens vão muito para além da poupança de custos por si só. Este modelo promove a inovação ao permitir às equipas de TI a criação de ambientes ideais para testarem rapidamente novas ideias, sem exporem a empresa a riscos. Esta estrutura mais ágil que possibilita a experimentação e a alteração das soluções até estas estarem perfeitas dá origem a uma geração de recursos mais orientados para as necessidades reais dos clientes. Se as organizações abraçarem esta mudança de mentalidade, conseguirão aplicações mais estáveis e eficientes, e clientes mais satisfeitos.
O grande desafio para muitas empresas, em 2015, passa por garantir que os seus esforços na implementação de metodologias Agile resultam em valor de negócio tangível. Esta é uma abordagem crítica para o desenvolvimento de software, nomeadamente porque o processo envolve um vasto conjunto de variáveis e interações. A opção por diferentes ciclos de desenvolvimento permite uma avaliação mais rápida de todo o impacto que uma determinada solução está a ter nos negócios.
As tecnologias Opensource como o OpenStack e o OpenDaylight podem também oferecer um valor significativo. A Dimension Data tem apostado ainda mais nestas tecnologias para promover e otimizar todo o processo de desenvolvimento de software. Atualmente, o time-to-market é cada vez mais importante, mas estes lançamentos têm que envolver produtos e soluções fiáveis. O recurso às soluções OpenFlow e OpenDaylight Controller permite reforçar toda a estrutura que suporta os processos de desenvolvimento de software, tornando-a mais ágil, o que resulta no lançamento mais frequente e rápido dos produtos no mercado.
Dois dos temas mais fortes do mercado, hoje em dia, são as áreas de Big Data e Analytics. As empresas procuram entender a melhor forma de obter mais valor a partir dos dados que recebem, e de que forma toda esta informação se pode traduzir em vantagem competitiva.
As empresas já começaram a apostar na virtualização e na adoção/exploração da cloud, mas poucas aceitaram ainda o desafio de tratamento e análise dos dados, principalmente porque isso requer um compromisso com as unidades de negócio. As equipas de TI e da comissão executiva não estão habituadas a trabalhar juntas e a Dimension Data acredita que o futuro passa por um trabalho mais direto entre as duas partes. As equipas de TI devem considerar entregar algumas tarefas básicas de gestão de redes e de proteção de dados a um fornecedor de serviços que garanta a constante disponibilidade dos dados.
Assim, o documento reforça que os profissionais dos centros de dados têm que estar envolvidos em algo mais do que a simples gestão da infraestrutura para procurarem formas de reduzir os custos de armazenamento e de explorar o valor inerente aos dados. Atualmente, as decisões relativas ao armazenamento de dados não podem ser tomadas de forma isolada, especialmente na era do Analytics e do Big Data, porque estas condicionam os objetivos traçados em termos de análise e utilização dessa informação.
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