No segundo dia do “Perspectives 2015”, evento que está a decorrer na cidade de Praga, a Dimension Data resolveu juntar os CEO de todas as geografias nas quais atua para desvendar casos de sucesso: Europa, Ásia-Pacífico, Austrália, Américas, Médio Oriente e África. Uma coisa parece não ser consensual. A digitalização veio para ficar. E as empresas contam com as TI para acelerar os seus negócios, para ir mais depressa para o mercado e ganhar agilidade.
Da Europa, Andrew Coulsen trouxe o caso Airbus, uma parceria que já existe entre as duas empresas desde 2000, acelerada em 2004 pela necessidade do fabricante europeu de aviões comerciais ter começado a construir equipamentos em três locais diferentes. As asas dos aviões nasciam no Reino Unido, o corpo ganhava vida em Toulouse, de resto a sede da Airbus, e o motor era produzido na Alemanha. “A empresa tinha de colaborar mais”, explicava Andrew Coulsen na sua apresentação.
Mas o que fez a Dimension Data pela Airbus? Três palavras “mágicas”, diz o executivo: capacitou, operou e transformou. Os números são complexos. A empresa de TI gere na Airbus qualquer coisa como 40 mil portas de rede, 20 mil utilizadores “nómadas” (basicamente telemóveis), 133 mil utilizadores de IPT e UC e 180 mil sessões de vídeo. Tudo com uma disponibilidade de 99,8%, garante Andrew Coulsen.
No final, o fornecedor assume que o cliente conseguiu uma real transformação. De soluções de negócio, de mobilidade empresarial, de espaços de trabalho do futuro, tem hoje uma gestão da despesa das telecomunicações e gestão WAN (Wide Area Network, ou rede de longa distância).
“Tem sido uma jornada fenomenal”, disse Andrew Coulsen. Este é, de resto, o maior cliente europeu da Dimension Data, com cerca de 220 colaboradores em permanência e cobrindo 25 locais do cliente, na Europa, China e Estados Unidos.
Da Ásia Pacífico, o CEO Bill Padfield trouxe o exemplo do Maybank. “Uma operação a corpo aberto”, ilustrou Bill Padfield. Um dos desafios é que o banco precisava de um data center mais avançado e inovador para desta forma conseguir fazer face à sua missão e planos de crescimento através de um processamento mais rápido em tempo real e pesadas transações de dados.
Outro dos desafios era encontrar novas e inovadoras formas de servir os clientes com um grande leque de opções. Havia ainda que aproveitar a mais recente tecnologia para aumentar a eficácia da rede de agências e serviços bancários do Maybank. Por último, humanizar os serviços financeiros, servindo 22 milhões de clientes no mundo inteiro, com acesso conveniente aos serviços e melhorar a sua experiência. Nada fácil, garante a Dimension Data.
A solução acabou por ser desenhar e construir um data center de próxima geração, enquanto se diminuía o risco de uma grande mudança no seu ambiente. Outra solução foi a transição do banco de um ambiente terceirizado. Assim, o fornecedor procedeu à migração dos dois centros de dados para a produção e recuperação de desastres para o centro de dados da NTT Communications, em Singapura.
O resultado parece ter sido satisfatório, pelo menos no entender da Dimension Data. “A operação foi bem conseguida e o banco continuou a funcionar sem qualquer problema. A partir daí começámos a ser contactados por imensos bancos para fazer operações similares”.
Como resultado, o banco obteve a capacidade de fornecer serviços bancários e de transação altamente personalizados e levar novos produtos ao mercado mais rapidamente, quer por via tradicional, quer através dos canais eletrónicos.
Por outro lado, a empresa sul-africana garante que o Maybank tem agora uma gestão simplificada da sua infraestrutura, levando a uma maior agilidade, maior resistência e melhor uso das competências e ativos disponíveis dentro da empresa. Por último, houve uma sempre interessante redução das despesas operacionais e de capital.
Nesta sessão, houve ainda a apresentação de clientes como a seguradora mundial Zurique – Derek Wilcocks, responsável por toda a área do Médio Oriente e África apelidou este cliente de “muito importante, pois apresenta a Dimenson Data como uma boa referência” – e da Feld Entertainment, um produtor de espetáculos que anualmente tem cerca de 30 milhões de pessoas a assistirem às suas produções.
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