Acelerar ambições. Dos clientes, dos colaboradores, dos acionistas e da sociedade. São estes os objetivos que o CEO Brett Dawson tem para a Dimension Data, uma multinacional especializada em tecnologias de informação e comunicação que desde o ano passado atua diretamente em Portugal, após a compra da NextiraOne. Uma aceleração que deverá resultar na duplicação das receitas em 2018, altura durante a qual a empresa quer faturar 12 mil milhões de dólares.
Em Praga, e sob o mote “Perspetivas 2015”, o CEO explicou à restrita plateia, constituída por analistas e imprensa, que, mais do que tudo, há uma absoluta urgência para responder às necessidades dos clientes. Mais: não só responder a essas necessidades como acelerá-las. Mas não só as dos clientes. Dos colaboradores, das pessoas que compõem a Dimension Data. Porque no final, diz este gestor, são as pessoas que fazem as empresas.
“Sabemos que só seremos bem-sucedidos através de um bom trabalho dos nossos colaboradores. A Dimension Data tem de ser um sítio ‘cool’ para se estar”. Aliás, recentemente esta empresa com sede na África do Sul ganhou o prémio de “Top Employers Global 2015”, atribuído pelo Top Employers Institute, um facto muito enaltecido pelo CEO.
Depois, temos os acionistas. Aos quais é, segundo Brett Dawson, igualmente necessário acelerar as suas ambições e, por último, a sociedade de forma global. “Temos de marcar a diferença onde vivemos. Temos de, também aqui, acelerar. Temos de ser ‘classe mundial’. Temos de marcar a diferença”.
A profetização da mudança
Há dois anos que a empresa “profetizava” mudanças. A forma como os clientes estavam a consumir tecnologia estava a mudar radicalmente, obviamente com os conceitos “as a service” e cloud computing no topo dessas mudanças. “Depois tínhamos todo o universo do social, mobilidade, big data. Ou seja, esta tendência para consumir TI de forma diferente, mais estes conceitos, fazia-nos antever grandes mudanças. Esta é uma era fenomenal para se estar nesta indústria”, disse o responsável à entusiasta plateia.
A questão é que é preciso estar nos dois sítios, pelo menos na visão da Dimension Data. Ou seja, é necessário projetar crescimentos rentáveis nos negócios já existentes mas também não perder esta oportunidade transformacional. “Temos de estar nos dois mundos. Nos tradicionais e nos novos projetos. Temos de ser arrojados. E vamos lutar com cada centímetro de mercado”, avisou.
Aliás, se voltarmos um pouco atrás no tempo, antes de uma perspetiva dos centrada nos clientes, o negócio era focado em tecnologia. Ou seja, comprava-se TI, instalava-se e geria-se. Um modelo que, de resto, rege esta indústria há décadas. “Mas nos últimos dois anos as coisas foram mudando. Agora é focado no resultado, não na tecnologia. A tecnologia está lá mas não interessa de que forma.”
Se antes tínhamos um modelo baseado em projetos, em CAPEX e em vendedores, hoje o negócio é mais rapidamente baseado em soluções, subscrições e ecossistemas. “Temos de ser capazes de fornecer um ciclo de vida completo de serviços para, desta forma, imputar um real valor ao negócio. Queremos ser o player que ajuda os clientes. Que lhes consegue fornecer as soluções como um serviço para que possam obter o resultado que querem. O nosso sonho é entregar aos clientes qualquer um dos modelos”. Sejam modelos “on-premise”, “cloud” ou “hosted”. Ou seja, a empresa basicamente quer fornecer agilidade.
A importância da compra da NextiraOne
A compra da NextiraOne pela Dimension Data, que de resto possibilitou a entrada desta marca diretamente no nosso país, foi bastante relevante para a companhia. Houve a integração de 1850 colaboradores, em 13 países.
De fora ficaram a Itália e a França, cujos destinos deverão ser em breve divulgados pelo comprador.
Para além da clara expansão geográfica europeia, com países como a Hungria, Polónia, Áustria e a República Checa a terem um papel relevante nesta opção de compra, a empresa viu ainda reforçada a sua presença no mid-market, setor público e operadores. E, obviamente, no portefólio de soluções e serviços, adicionando as competências da NextiraOne em comunicações unificadas e colaboração, contact centers, vídeo e data centres.
E se a NextiraOne fez o seu papel na Europa, uma aquisição “similar”, a Nexus, ajudou a Dimension Data a abranger a área mais ocidental e sul dos Estados Unidos. Ou seja, em termos de cobertura geográfica, Brett Dawson considera a Dimension Data bem posicionada, fazendo crer que, pelo menos em breve, não deverão expandir-se para mais nenhum país.
Depois, em termos de competências, a empresa também foi às compras e trouxe reforços que consolidam áreas como segurança, consultoria, aplicações, serviços geridos e nuvem.
Aliás, nuvem será, para os próximos anos, o grande desafio de todos. Sejam clientes, sejam fornecedores. “Para os nossos clientes, ir para a nuvem não é passar as coisas de um lado para outro. É uma viagem. Acreditamos ter um plano claro, nesse sentido. Ambicioso, mas claro.”
Nos últimos dois anos a empresa cresceu 50% nos serviços de TI “as a service”, 62% em TI outsourcing e 87% em data centres, o que resultou num crescimento das receitas de 48%.
A empresa de seis mil milhões de dólares almeja, até 2018, precisamente duplicar o seu valor para os 12 mil milhões de euros. Para isso, vai ter de continuar a crescer, quer em termos orgânicos, quer por aquisição.
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