Barcelona, Madrid e Lisboa. A norte-americana Nutanix realizou uma “digressão” ibérica que passou pela capital portuguesa, uma sessão que juntou cerca de uma centena de parceiros e onde foram apresentadas as últimas novidades do portfólio da empresa especializada em cloud empresarial.
No evento ficou patente que, apesar da cloud pública estar a destacar-se cada vez mais, é pouco provável que as empresas renunciem aos datacenter sem dar luta, pelo que há indicações que o modelo híbrido irá prevalecer.
Aliás, fabricantes como a Amazon, que chegaram a sustentar que o datacenter on premise era totalmente desnecessário, acabaram por mudar a sua postura, facilitando a migração e o equilíbrio das cargas de trabalho entre os domínios público e privado.
No conjunto de outros fabricantes, no qual a Nutanix se inclui, as empresas integram as tecnologias web-scale de cloud pública nos seus produtos para ajudar as empresas a aproveitar a escalabilidade instantânea e a economia pay-per-use que a nuvem pública assegura. Sem que isso implique renunciar à propriedade, controlo e segurança que as alternativas de datacenter local oferecem.
Abordar a complexidade inerente a uma abordagem híbrida, tanto a nível de infra-estrutura, como de aplicação e de negócios, continua a ser, por isso, uma prioridade da Nutanix.
No evento, Iván Menéndez, responsável pela estrutura ibérica, citou um inquérito realizado pela empresa norte-americana aos seus clientes onde 87% referiu que a tendência de cloud híbrida está a ter um impacto positivo no negócio.
Já 97% salientou a necessidade de haver mobilidade das aplicações entre ambientes cloud e 91% sustentou que o modelo híbrido é o ideal para as empresas. Ou seja, modelos híbridos e multicloud deverão ser a melhor opção para as empresas.
O evento, que teve o mesmo modelo em Barcelona, Madrid e Lisboa, começou com uma palestra de Francisco Lufinha, um kitesurfer português detentor do recorde mundial para o kitesurf de maior distância sem parar que sobretudo veio mostrar aos presentes a importância da resiliência na vida, como nos negócios. Iván Menéndez e Eduardo Penedos, entre outros, apresentaram a estratégia, visão e explanaram os produtos e serviços que a empresa disponibiliza no nosso país.
Sem avançar valores, o responsável disse que o negócio em Portugal “está a correr bem”, “com clientes bons, grandes e fiéis”. A empresa espera, agora, aumentar a equipa nacional para acompanhar a evolução do negócio. Apesar de também aqui não ter divulgado o número de colaboradores, Iván Menéndez disse que o objectivo é duplicar os recursos humanos. “Vamos investir de forma significativa em Portugal”, garantiu o responsável ibérico da Nutanix.
Os seus clientes em território nacional são, basicamente, fornecedores de serviços, empresas públicas dos mais diversos sectores, instituições europeias, empresas de telecomunicações e utilities. “É curioso que, em Espanha, as empresas nossas clientes são as pequenas e médias. Mas, em Portugal, conseguimos cativar as médias e grandes estruturas empresariais”.
De uma maneira geral, o regresso ao investimento nas TI é real, diz Menéndez. No caso da Nutanix o ‘caso’ é mais simples, já que actuam em OPEX. “Vendemos subscrições pelo que não temos de dizer ao cliente que tem de investir em CAPEX para poupar em OPEX. No nosso caso, é puro OPEX, bastante diferente dos fornecedores mais, digamos, tradicionais que vendem licenças e suporte”.
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