Em 2015, a CPPME referia que os últimos dados estatísticos do Eurostat informavam que o peso fiscal nas actividades em Portugal estava muito acima da média europeia. “Decerto que em grande parte isto acontece por força das políticas fiscais levadas a cabo pelos sucessivos governos e pela submissão destes às imposições da Troika e FMI”, diziam.
Ainda em 2015, dizia a confederação que “com estas políticas o país pode equilibrar o défice público, mas contrairá mais recessão económica e agravamento das condições sociais. É caso para dizer equilibram-se as contas públicas e cumprem-se as metas propostas pela UE e FMI criando-se maior pobreza”.
Agora, assumem que o agravamento das insolvências de MPME divulgado em 2016 é a confirmação do que em 2015 afirmaram.
“É bom lembrar, que a eficiência do combate à fuga e evasão fiscal em Portugal, também segundo o Eurostat, é das mais conseguidas da União Europeia. Por exemplo, em matéria de IVA, segundo o último relatório da Comissão Europeia, apenas somos ultrapassados pela Finlândia, Holanda e Suécia, sendo que na vizinha Espanha o índice de fuga é o dobro do nosso”.
Assim, a CPPME – Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas, no quadro do atual contexto político-económico, visando a saída da crise, clama o que diz ser “uma alteração das políticas fiscais que promova as actividades das MPME do mercado interno, potenciando a diminuição das importações e o incremento das condições para as exportações. A criação de dinâmicas de empreendedorismo, aumento de produtividade e competitividade para as MPME passa por uma política fiscal assente num efetivo regime geral simplificado, com diferenciação para as diversas actividades tendo por base coeficientes técnico-científicos e discriminação positiva, em particular para as actividades dos sectores primário e secundário”.
A confederação defende ainda que com a existência de instrumentos de controlo e cruzamento de dados tributários como o e-Factura, o procedimento da obrigação tributária e apuramento de matéria coletável, perante a inexistência dos coeficientes de rentabilidade só deve ser apurada pelo efectivo resultado contabilístico, “repudiando a existência de instrumentos de tributação como o PEC – Pagamento Especial por Conta, que faz pagar o mesmo a realidades e rentabilidades de exercício muito diferenciados, mas repudia também a existência do PPC – Pagamento Por Conta, que obriga ao adiantamento de verbas com base nos resultados do exercício do ano anterior, que nada garante venham a existir no ano seguinte”.
Num documento enviado aos jornalistas, a entidade defende ainda que qualquer imposto existente tem de ter justiça e rigor, de forma a não deixar duvidas ao contribuinte sobre quais são os seus direitos e qual o seu montante de obrigações tributárias a cumprir, o que, garantem, não acontece nas pequenas actividades económicas, em particular no mercado interno, nomeadamente com os critérios estabelecidos em sede de IRS, IRC, IRC/RS, PEC e Tributações Autónomas.
“É possível utilizar outros métodos de determinação da matéria coletável dos MPME e não os que injustamente estão a ser utilizados, para a CPPME a alternativa está na aplicação de um verdadeiro regime de Tributação Simplificada e diferenciada, assente em efectivos parâmetros de rentabilidade já previstos na lei mas não consumados”.
“É importante promover a justiça na tributação de forma a alargar a base de cumprimento, combater a economia informal e criar maior previsibilidade das receitas e despesas fiscais nas empresas e finanças públicas, que tenha em conta as dificuldades da nossa economia e a necessidade de potenciar as actividades económicas do País quer do Mercado Interno quer da Exportação”.
Aclama também necessário compilar os diversos diplomas sobre a mesma matéria fiscal a fim de tornar mais acessível ao contribuinte a legislação existente.
“A CPPME está certa que a forma de combate à fuga e evasão fiscal, assente prioritariamente numa pesada carga fiscal e em penalidades fiscais, contraordenações e coimas, proporciona à Administração fiscal a obtenção de receitas imediatas, mas não resulta, cria recessão e provoca perda efectiva de receitas, e trás muita desmotivação e instabilidade às MPME, levando a que a maioria dos que são empreendedores desistam e encerrem as actividades que iniciaram num curto prazo”.
Assim, e para a dinamização do tecido económico português, a entidade sugere as seguintes medidas pontuais de fiscalidade transversais a todas as atividades:
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