No segundo e último dia da 23ª edição do Congresso das Comunicações, estiveram em cima da mesa temas como a energia, cloud, banca, mobilidade, empreendorismo e outsourcing.
No auditório um, o dia começou com a sessão “Energia: uma nova era”, que debateu o modo como as empresas do setor energético respondem aos desafios e oportunidades recorrendo às mais recentes tecnologias.
LivioGallo, Networks and Infrastructures Director da Enel, abriu a sessão dando a conhecer a sua perspetiva atual relativamente a este setor.
Carlos Costa Pina, Administrador Executivo da Galp Energia, falou sobre a grande pressão que o setor vive atualmente, revelando que esta situação tem tendência a aumentar nos próximos anos, e Nuno Ribeiro da Silva, Presidente da Endesa Portugal, centrou-se no tema da descarbonização e das energias renováveis, declarando que estas correspondem a dois terços da energia total disponibilizada para a rede.
Gonçalo Morais Soares, CFO da REN, foi outro orador presente e explicou que o mercado está a ser liberalizado e que isso faz com que se intensifique a eficiência da redução de custos, aumente a oferta e apareçam novos serviços.
Na sessão “Gestão de Mobilidade: território e acessibilidade” o principal tema debatido foi o facto de Portugal ter um das mais baixas taxas de aplicações móveis do mundo. Nesta conferência estiveram presentes oradores da Microsoft Portugal, Sap Portugal, NSN, Cisco Portugal e Zon Optimus.
João Couto, General Manager da Microsoft Portugal, explicou que as baixas taxas de aplicações móveis têm a ver com a penetração dos smartphones e que espera-se que nos próximos dois ou três anos o país atinja ou ultrapasse as médias europeias.
O Diretor-Geral da Sap Portugal, Paulo Carvalho, também se mostrou positivo relativamente ao futuro das aplicações móveis em Portugal, declarando que as tecnologias móveis têm tendência a crescer.
Este orador referiu-se ainda à importância das empresas em implementarem uma estratégia de mobilidade de modo a serem competitivas e a conseguirem sobreviver.
No auditório um, no fórum “Banca – para onde caminhamos?” o convidado escolhido para apresentar alguns dados em relação ao setor financeiro foi João Castello Branco, Sócio Diretor da Mckinsey. O convidado falou sobre a “tempestade” que a banca atravessa e qual sera o seu futuro.
Foram convidados mais quatro oradores: Fernando Faria de Oliveira, Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Bancos; Fernando Ulrich, Presidente da Comissão Executiva do BPI; Ricardo Salgado, Presidente Executivo do BES e Vítor Bento, CEO do Grupo SIBS.
Para além dos resultados atingidos por alguns destas empresas no último trimestre, foi ainda falado da inovação tecnológica em relação a este setor e da saída de recessão do nosso país.
Depois da pausa para almoço, iniciou-se fórum sobre “As Tic, a Inovação e o empreendedorismo”. Nadim Habib, CEO da NOVA Executive Education da UNL, deu início ao debate mostrando qual é a sua visão de empreendedorismo e inovação.
Depois a discussão foi levada para o painel de convidados: Paulo Trezentos, Co-Fundador e Partner da Caixa Mágica Software; Pedro Pinto, CEO da Take the Wind; Norberto Guimarães – Google; Teresa Mendes, Presidente da Direção do IPN; António Murta, Managing Director da Pathena e, por fim, João Vasconcelos, Diretor Executivo da Startup Lisboa.
Neste debate foram apresentados alguns dos casos de empreendedorismo de sucesso destas empresas e das formas de financiamento mais adequadas para este tipo de negócios. Antes de encerrar a discussão houve ainda tempo para falar sobre os desafios em relação a este mercado.
O auditório dois encerrou com a sessão “Outsourcing ou Co-sourcing: que desafios?”, tendo como temas debatidos na conferência as principais tendências do setor de outsourcing e as suas estratégias de reforço da sua oferta de valor.
As opiniões dos diversos oradores da sessão divergiram relativamente ao mercado de outsourcing em Portugal.
Sérgio Moraes, Diretor-Geral da SIBS Processos, mostrou a sua visão otimista relativamente ao outsourcing no nosso país, declarando que este é um conceito que veio para ficar.
No entanto, Maria do Carmo Palma, Diretora Executiva da Novabase, e José Galamba de Oliveira, Presidente do Conselho de Administração da Accenture Portugal, partilham uma visão mais negativa, mostrando que o outsourcingéum negócio que ainda tem um longo caminho a percorrer no nosso país.
Frederico Moreira Rato, Vice-Presidente do Conselho de Administração da Reditus, partilha a mesma opinião de Sérgio Moraes. Para este orador, Portugal reúne as condições fundamentais para fazer evoluir o negócio de outsourcing.
Durante a conferência foi ainda levantada a questão sobre o estado da Administração Pública em termos de outsourcing, à qual Maria do Carmo Palma respondeu queo grande desafio na Administração Pública é a confiança que é preciso existir para se fazer contratos em outsourcing.
Para encerrar o dia, e depois da intervenção do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, foi a vez de falar sobe o “Estado da Nação das Comunicações”.
Francisco de Lacerda, Presidente e CEO dos CTT; Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal; Miguel Almeida, CEO da ZON Optimus e Zeinal Bava, Presidente Executivo da PT Portugal mostraram a sua visão em relação ao contributo que o setor das telecomunicações pode dar ao país.
Foi com esta temática que se encerrou o 23º Congresso das Comunicações, em Lisboa.
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