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Mercado de computadores supera previsões no segundo trimestre

Em causa esteve sobretudo uma recuperação da procura de computadores no mercado norte-americano, o que também se deveu ao fortalecimento do dólar e à estabilidade em comparação com outras regiões.

No entanto, a IDC nota que os números se referem ao envio de unidades dos fabricantes para as lojas, e não refletem o comportamento do consumidor final. Ou seja, trata-se de uma melhoria nos inventários do canal. “Infelizmente, este tipo de impulsos do lado dos fornecedores não reflete necessariamente uma mudança nas compras por parte dos consumidores. Até os canais se mantêm cautelosos tendo em conta o último ano, por isso os resultados não vão alterar as nossas previsões”, diz a IDC.

Ainda assim, o mercado está agora numa posição mais confortável, e o fim dos upgrades gratuitos para Windows 10 poderá fazer transitar utilizadores para novos sistemas, em vez de atualizarem os velhos.

Loren Loverde, vice presidente de Worldwide PC Trackers & Forecasting na IDC, reconhece que o mercado de computadores continua em dificuldades, à espera que acelerem as substituições e regressem um pouco dos investimentos desviados para smartphones e tablets. A previsão é cautelosa, mas a melhoria nos Estados Unidos mostra que haverá nichos de crescimento e um ambiente de vendas mais positivo que o esperado. “Não é um crescimento dramático, mas poderá empurrar o mercado para território positivo antes da previsão de 2018″, refere.

Na Europa, no entanto, as coisas estagnaram. Mesmo o melhor cenário possível pede prudência, já que o mercado de computadores enfrentará desafios e uma estabilização frágil. E ainda está por perceber o impacto do Brexit.

Em termos de fabricantes, a chinesa Lenovo continua a ser número um, posição que conquistou em 2013, agora com 21,2% de quota. A HP está em segundo, tendo regressado ao crescimento e recuperado face à líder – tem agora 20,8% do mercado. A Dell aparece em terceiro com 16%, a Asus em quarto com 7,2% e a Apple em quinto com 7,1% – foi ultrapassada pela Asus ao cair mais de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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