Este ano, 50 startups de Big Data de 17 países vão mostrar os seus produtos num pavilhão de design especial na exibição CeBIT em Hanover, patrocinado pela gigante de serviços de TI GFT e os seus parceiros Deutsche Messe e Ernst & Young.
Estas empresas são as finalistas da competição anual Code_N, que tem como objetivo encontrar os melhores exemplos de analítica em saúde, finanças, transporte, manufatura, energia e setor de retalho.
“O Code_N vai mostrar o que já é possível com big data – não apenas em termos de tecnologia mas também em termos de aplicações inovadores e soluções de indústria”, afirmou o CEO da GFT Ulrich Dietz.
Criação de Dietz, o programa Code_N está a correr há três anos, com o objetivo de levar jovens empresas à grandeza, ou no mínimo a uma saída lucrativa. A competição deste ano viu quase 500 inscrições de todos os cantos do mundo, significando que apenas dez por cento das inscrições vão até à fase final.
O vencedor da competição vai receber 30 mil euros, mas mais importante, a oportunidade de ser visto na CeBIT, a maior e mais importante exposição mundial de computação.
O alemão Dietz afirma que a sua agenda é construir uma cultura saudável de startup na Europa, para rivalizar com Israel e os Estados Unidos. E ao contrário da maioria das exibições que descreve como aborrecida, “a CeBIT é um show muito interessante”.
Mantendo-se fiel à sua mensagem, o pavilhão do Code_N promete como sempre ser um verdadeiro lugar para observar, sendo um labirinto de metal com 3500 metros quadrados, marcado por letras do alfabeto do tamanho de uma pessoa. Este ano, o espaço vai estar cercado por uma estrutura de 12 metros de altura e 260 metros de largura onde se pode visualizar data num modelo de 12,4 terapíxel. Por exemplo, um segmento vai mostrar um mapa detalhado do cérebro no mais recente estudo, outro vai mostrar as tendências de palavras usadas em todos os livros indexados na Google.
A instalação foi criada por Reed Kram e Clemens Weisshaar, os artistas que em 2010 levaram robôs da Audi com 1,5 toneladas para a Trafalgar Square para escrever mensagens usando pinturas de luz.
Toguri acredita que a analítica deve ser implementada mais abertamente para monitorizar o risco, crescimento e conformidade, e todas as instituições financeiras devem empregar um Chief Data Office. Também mencionou vários exemplos de Big Data usados com sucesso – como a indústria de seguros a colecionar telemetria de carros para recompensar condutores cuidadosos e a indústria de cartões de crédito que usam os social media para classificar o crédito.
Então o que é preciso uma startup ter para ganhar um bilhete grátis para Hanover? A SOMA Analytics desenvolveu uma aplicação para smartphone para monitorizar os níveis de stress no local de trabalho analisando a frequência de voz do utilizador, ciclos de sono e até rapidez de escrita. Os dados podem, então, salientar os empregados que são mais prováveis de ‘burn-out’, e sugerir métodos de relaxamento.
No evento de lançamento, Christopher Lorenz, fundador e head of analytics na Soma, rejeitou as preocupações de que a app podia ser usada para se “ver livre” de empregados mais vulneráveis, dizendo que tais decisões dependem da cultura da empresa, e que pode ir contra a lei em alguns países, como no Reino Unido.
Entretanto, a Viewsy criou uma ferramenta semelhante ao Google Analytics para estabelecimentos de retalho que anonimamente seguem os movimentos dos clientes usando routers e endereços de smartphones Wi-Fi MAC.
A Deltasight está a trabalhar num sistema que indexa todos os modelos de aplicações e traduz a linguagem dos advogados para as pessoas de negócios. Pode, até, prever que empresas são mais prováveis de licenciar uma determinada invenção.
Por último, a EnergyDeck constrói uma plataforma baseada em comunidade que agrega informação sobre várias coisas, como eletricidade e consumo de gás, permitindo às empresas ver instantaneamente quão eficiente gerem o edifício e onde podem fazer melhoramentos.
A CeBIT 2014 abre as suas portas no dia 10 de março, em Hanover, Alemanha.
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