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Entrevista da Semana: Commvault quer fortalecer presença em Portugal

Para quem ainda não a conhece, o que é a Commvault? Qual é a sua área de atuação?

Luís Feitor: A Commvault é uma empresa tecnológica que desenvolveu um código único, o produto Simpana, que disponibiliza diferentes funcionalidades para os seus clientes, para que a tecnologia possa aumentar o valor do negócio, convertendo dados em informação útil. Os clientes finais têm demonstrado um interesse bastante grande no Simpana, porque vê um código único, um software único, que tem muitas funcionalidades. A Commvault é uma empresa que cresce organicamente, pelo que 100% do desenvolvimento é feito in house, o que é uma clara mais-valia para os clientes.

Na primeira conferência de imprensa em Portugal, a 25 de março, a Commvault afirmou que um dos principais objetivos era aumentar o portfólio de parceiros. Este objetivo foi conseguido, entretanto?

David Guimarães: O nosso ecossistema de parceiros aumentou, sim. E o grau de certificações no canal também conseguimos aumentar. Mas neste momento, não queremos adicionar mais parceiros. Acreditamos que já temos um bom ecossistema.

A Commvault começou este ano a atuar diretamente no mercado português. Antes operava somente através de parceiros. Como tem sido esta abordagem direta ao mercado português?

DG: A receptividade tem sido muito boa. Falta, efectivamente, uma maior aposta na vertente dos pequenos negócios. Acho que aí há um grande potencial para crescer. Na parte do enterprise, temos estado envolvidos diretamente e os resultados têm superado as expectativas.

Na altura da vossa apresentação à imprensa portuguesa, disseram, realmente, que pretendiam crescer organicamente. Essa perspetiva mantém-se?

DG: Por agora, o crescimento manter-se-á orgânico. Agora, não podemos saber o que acontecerá no futuro, que depende da estratégia da companhia. Mas, para já, é orgânico.

Qual é a estratégia de crescimento da Commvault para Portugal?

LF: O principal foco é fazer aquilo que a Commvault não tinha: uma presença direta no mercado português, junto do seu cliente final. O que estamos a fazer neste momento é mostrar quem é a Commvault, dar a conhecer o seu negócio me Portugal e mostrar o que é o Simpana, de modo a que possamos dar uma maior tranquilidade ao cliente de que existe também um suporte local.

DG: Este é um assunto que foi debatido várias vezes. O cliente conhecia a Commvault, mas não havia um acompanhamento. Aconteceu entrarmos em várias reuniões e o cliente dizer-nos que já tinha conhecimento da Commvault, já a tinha estudado, mas dizia que nunca teve um acompanhamento.

Portanto, acham que este acompanhamento mais direto do cliente vai conseguir fazer crescer o negócio.

DG: Sim, sim. Sem dúvida.

A Arrow Portugal era um dos vossos distribuidores de valor acrescentado, quando a vossa presença em Portugal era ainda indireta. Planeiam aumentar esta carteira de parceiros, considerando que o vosso negócio é feito agora diretamente?

DG: Sim. Tínhamos, e continuamos a ter, a Arrow e a Fujitsu, como distribuidores de valor acrescentado. Mas não, neste momento não é intenção nossa aumentar os distribuidores.

O negócio da Commvault cresceu neste primeiro ano de presença direta?

DG: Sim, cresceu. Portugal é tipicamente um mercado que gosta de estar na crista da onda, que gosta de novos gadgets, que gosta de ter as novas soluções. E daí advém a grande recetividade. Temos um produto em mãos [Simpana] que faz sentido nas organizações, nesta altura. O crescimento foi positivo, sim, mas pode ainda ser melhor quando solidificarmos a nossa presença no mercado português. Neste último trimestre, acreditamos que houve um aumento substancial da procura pela Commvault, por parte dos clientes.

LF: Ao princípio, os clientes sempre tentam procurar o melhor para uma necessidade muito concreta. Mas eu acho que esta transformação da forma como se gerem os dados, e como se chega à informação, é fundamental. E o Simpana, como já foi dito por vários analistas, simplifica processos operacionais e possibilita que o cliente retire valor dos dados. Numa mesma consola, o nosso produto consegue fazer o mesmo que quatro tecnologias. Os clientes muitas vezes têm várias tecnologias que não são compatíveis entre si, mas o Simpana reúne estas funcionalidades todas num só código, com uma única infraestrutura, uma única interface e um único licenciamento. Isto reduz significativamente os custos.

Para que mercados está o Simpana direcionado?

DG: Para qualquer mercado, e desde a pequena à grande empresa. O nosso é um produto modular. Ou seja, são ativadas as funcionalidades que se adaptam às necessidades do cliente. É uma solução à medida do cliente.

LF: Este é um aspeto muito importante. O cliente compra licenciamento para as funcionalidades que quer e que se enquadram com a sua estratégia. Pode comprar licenciamento para duas funcionalidades ou um licenciamento que lhe dá acesso a muitas. E independentemente da funcionalidade que quero utilizar, ela instala-se sempre da mesma maneira. Muitos dos nossos parceiros trabalham, por exemplo, com cinco tecnologias de backup e duas de arquivo, e têm que ter uma equipa técnica especializada e certificada em cada uma destas tecnologias. Nós permitimos que o parceiro, e também o cliente final, consolide funcionalidades que tradicionalmente não estavam dentro daquela equipa, mas dando a liberdade de self-service, inclusive, a cada uma das entidades.

Qual o futuro do Simpana? Tem evoluído? Têm sido adicionadas novas funcionalidades?

LF: Termos um só produto é uma mais-valia, pois toda a nossa equipa de engenheiros trabalha no sentido de melhorar uma só solução, o que nos permite aprimorá-la, constantemente. Estamos constantemente a lançar Service Packs, a desenvolver as funcionalidades do produto.

Estará para ser apresentada alguma novidade brevemente?

LF: Existem novidades que sairão muito em breve e que são muito interessantes. Eu, neste momento, não as posso mencionar, mas há, de facto, novidades muito interessantes.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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